
O ex-presidente José Sarney saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a aplicação da Lei Magnitsky pelo governo de Donald Trump. A declaração foi feita durante o XVI Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre).
“Eu quero apresentar a minha solidariedade à Justiça, na pessoa do ministro Alexandre de Moraes, pelas injustiças que ele está sofrendo, e que são coisas absolutamente inacreditáveis que nós presenciamos”, disse Sarney nesta quarta-feira (30).
“Meu avô dizia: nunca corra atrás de um doido, porque você não sabe para onde ele vai”, afirmou. “Hoje, nós temos a função de verificar e não correr atrás de um doido. Devemos manter a crença no regime democrático. Ele deve ser defendido pela Justiça e por todos nós, para que se multiplique e esteja sempre assegurando a cidadania e a liberdade do Brasil.”
José Sarney sai em defesa veemente do Xandão e chama de “doidos” os sabotadores da justiça. Toma essa, Bolsonaro. Acabei de receber esse video em evento que contou também com Flavio Dino, já já solto a parte dele em defesa do Xandão. pic.twitter.com/a2Lf71uNnL
— GugaNoblat (@GugaNoblat) July 31, 2025
Ministros do STF estão monitorando os efeitos da aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes. A legislação é usada para punir graves violações de direitos humanos e permite o congelamento de bens e ativos de seus alvos nos Estados Unidos.
A medida foi publicada no site oficial do Departamento do Tesouro dos EUA, que anunciou a inclusão do nome de Alexandre de Moraes na lista de sanções da Ofac, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, ligado ao Tesouro americano.
Com isso, o governo Trump determinou o congelamento de qualquer bem ou ativo de Moraes nos Estados Unidos. A sanção também proíbe que entidades financeiras americanas façam operações em dólares que beneficiem o ministro, o que inclui o uso de cartões de crédito internacionais de bandeiras como Mastercard e Visa.
Essa é a primeira vez que a Lei Magnitsky é usada contra uma autoridade brasileira. Em outros episódios, os Estados Unidos já haviam adotado a mesma sanção contra magistrados da Venezuela.