
Por Leonardo Sakamoto, no UOL
Durante a pandemia de covid-19, o então presidente Jair Bolsonaro atropelou vidas para que a economia continuasse operando normalmente. Sabia que uma recessão poderia lhe custar a reeleição e empurrou os brasileiros às ruas no pico da contaminação, atacando medidas sanitárias. Como resultado de sua atuação, o Brasil, que é o sétimo país em população, foi o segundo em número de mortes registradas (mais de 711 mil) – perdendo apenas para os EUA, na época governados por Donald Trump.
“A economia não pode parar”, frisou mais de uma vez a empresários.
Agora, Bolsonaro e seus filhos pediram a Trump que aplicasse sanções ao Brasil para pressionar pela interrupção de seu julgamento no STF por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. O presidente norte-americano baixou um tarifaço de 50% que deve parar uma parte da economia brasileira, levando à perda de milhares de empregos e a um prejuízo de bilhões para empresários.
Ao tratar do tarifaço de Trump em suas redes sociais, Bolsonaro mostrou que sabe que a medida vai atingir a economia: “Não me alegra ver nossos produtores do campo ou da cidade, bem como o povo, sofrer com essa tarifa de 50%”. Mas priorizou a si mesmo: “O tempo urge, as sanções entram em vigor no dia 1° de agosto. A solução está nas mãos das autoridades brasileiras. Em havendo harmonia e independência entre os Poderes nasce o perdão entre irmãos e, com a anistia também a paz para a economia”.

O clã Bolsonaro vem repetindo que Trump só devolverá a nossa economia desse sequestro caso o STF interrompa o julgamento ou o Congresso Nacional aprove uma anistia que beneficie Jair.
Triste um país em que sua economia se ajoelha às necessidades não de seu povo, mas de uma única família.