Nesta quinta-feira, 21 de novembro, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e para um alto funcionário do Hamas, por supostos crimes de guerra durante o conflito pós-ataques de 7 de outubro em Israel no ano passado.
Acusações contra Netanyahu e Gallant
O comunicado do tribunal sediado em Haia, Holanda, apontou “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu é responsável por crimes de guerra, incluindo o uso de “fome como método de guerra” e crimes contra a humanidade, como assassinato e perseguição.
Rejeição por parte de Israel
O gabinete de Netanyahu rejeitou os mandados como “absurdos e antissemitas”, afirmando que as acusações são falsas e que o Tribunal Penal Internacional é politicamente tendencioso.
Israel contestou a jurisdição do tribunal sobre o assunto, mas sua objeção foi rejeitada.
Mandado para Mohammed Deif do Hamas
Além disso, um mandado foi emitido para Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, conhecido como Mohammed Deif, do Hamas, acusado por crimes contra a humanidade e crimes de guerra. O tribunal alega que Deif ordenou esses atos e não exerceu controle adequado sobre suas forças.
Condenações políticas em Israel
Políticos israelenses condenaram fortemente a decisão do tribunal. O presidente Isaac Herzog descreveu os mandados como “um dia sombrio para a Justiça e para a humanidade”, enquanto o Ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa’ar, criticou o TPI por agir como uma ferramenta política que mina a paz na região do Oriente Médio.