
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi vaiado ao subir ao púlpito para discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas nesta sexta-feira (26). Delegações de diversos países, incluindo o Brasil, deixaram a plenária em protesto antes mesmo do início da fala do líder israelense.
O boicote foi organizado por diplomatas brasileiros e de outros países como resposta ao descumprimento de decisões do Tribunal Penal Internacional (TPI) e da Corte Internacional de Justiça (CIJ).
“Ato foi pensado como resposta ao descumprimento das decisões do Tribunal Penal Internacional e da Corte Internacional de Justiça”, afirmou um embaixador brasileiro.
As delegações de vários países abandonaram o plenário da ONU no momento em que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu subiu ao pódio para discursar. pic.twitter.com/zREv5WDyNk
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) September 26, 2025
Netanyahu promete continuidade da guerra
Em seu discurso, Netanyahu prometeu prosseguir com a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza e dirigiu palavras aos reféns ainda mantidos pelo grupo palestino. “Não nos esquecemos de vocês, nem por um segundo”, disse em hebraico.
O premiê listou vitórias israelenses contra o Hamas e outros grupos apoiados pelo Irã, lembrando à comunidade internacional os ataques de 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas em Israel e sequestraram dezenas de civis.
“Grande parte do mundo não se lembra mais de 7 de outubro. Mas nós nos lembramos”, discursou Netanyahu.
Desde a ofensiva israelense em resposta ao ataque, mais de 65 mil pessoas morreram em Gaza, segundo autoridades de saúde locais. A guerra deixou grande parte do território em ruínas, ampliando a crise humanitária que segue em destaque nos debates da ONU.