
Em entrevista ao Metrópoles nesta terça-feira (5), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) revelou seus planos para convencer países europeus e do Mercosul a aderirem às sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar, que fugiu para os Estados Unidos no início deste ano, afirmou que busca ampliar o isolamento internacional do magistrado.
“A gente vai conseguir fazer o mesmo movimento, denunciar as violações de direitos humanos do Alexandre de Moraes”, declarou Eduardo, que planeja viagens pela Europa para articular o apoio, desde que confirme não estar na lista de procurados da Interpol. O deputado sugeriu que os EUA deveriam substituir as tarifas comerciais contra o Brasil por novas sanções direcionadas a autoridades.
No último mês, o governo de Donald Trump aplicou em 30 de julho a Lei Magnitsky contra Moraes, incluindo seu nome no sistema do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros.
As sanções bloqueiam quaisquer bens do ministro em território estadunidenses e proíbem cidadãos dos EUA de manter relações financeiras com ele, incluindo o uso de cartões de crédito de bandeiras dos Estados Unidos, como Visa e MasterCard.
Veja o momento da fala de Eduardo:
Bolsonaro em prisão domiciliar
Eduardo amplia a ofensiva contra Moraes após o magistrado determinar a prisão domiciliar de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira (4). Na decisão, o ministro alegou “reiterado descumprimento de medidas cautelares” pelo ex-presidente, que participou virtualmente de manifestações no domingo (3) no Rio e em São Paulo.
Nas imagens Bolsonaro apareceu em chamadas de vídeo divulgadas pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O STF interpretou como tentativa de “coagir a Corte e obstruir a Justiça”. Além da prisão domiciliar, o ex-presidente teve celulares apreendidos e visitas restritas a familiares e advogados autorizados.