
Na noite desta quarta-feira (10), o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) declarou, durante discurso na tribuna da Câmara dos Deputados, que sente vontade de agredir seus colegas de parlamento, mas se controla por respeito aos votos que recebeu nas últimas eleições.
“Tão lá movimentando aqueles militantes para vir aqui te ofender, te xingar, criar um problema com você. Eles querem que você perca o seu mandato porque você, justificadamente, pôs a mão na cara de um daqueles lixos. Então, senhor presidente, da mesma forma que eu exerço o autocontrole quando fica aquele comportamento de provocação, aquilo ali, eu me controlo faz três anos, e vou continuar me controlando”, avisou.
Ainda utilizando seu tempo no microfone, o bolsonarista completou: “Em favor de quem? Dos 72.156 paulistas que depositaram a confiança em mim. É por eles, não é por mim. A minha vontade era de encher de porrada, mas não o faço. Não o faço, por justiça a quem eu represento. Muito obrigado, presidente. Vamos votar pela cassação de Glauber Braga”.
“A minha vontade era de encher de porrada, mas não o faço.”
Foi o que disse o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) na tribuna da Câmara, ao apontar hostilidades da esquerda no plenário enquanto ele declarava seu voto pela cassação de Glauber Braga (PSOL-RJ).
Assista. pic.twitter.com/h40s5Bfk8A
— Felipe Moura Brasil (@FMouraBrasil) December 10, 2025
O vídeo do momento repercutiu negativamente nas redes sociais, mas em sua página no Instagram Paulo Bilynskyj não se mostrou arrependido de suas palavras. “Seguindo a lógica, eu tenho direito! Não o faço por respeito aos meus eleitores do Estado de São Paulo”, alegou.
O discurso do deputado aconteceu durante uma sessão deliberativa sobre o caso do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). O psolista pode ter o mandato cassado porque responde a um processo no Conselho de Ética da Câmara por agressão a um integrante do MBL, ocorrida em junho de 2024, na Casa.
Na sessão desta quarta-feira (10), parlamentares apresentaram um relatório alternativo propondo suspensão por seis meses, mas ainda existe a possibilidade de votação de versões mais duras.



