
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou oficialmente nesta quarta-feira (15) que deu carta branca à CIA para atuar na derrubada do líder venezuelano Nicolás Maduro. A informação foi revelada pelo New York Times e confirmada pelo próprio republicano em conversa com jornalistas na Casa Branca. O americano afirmou que a Venezuela “está sentindo a pressão” e não descartou a possibilidade de ações militares.
Segundo fontes ligadas ao governo americano, o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, apresentou ao republicano diferentes planos de ação para enfraquecer o regime de Maduro. Entre eles está a autorização para capturar o presidente venezuelano “preso ou morto”, com suporte de operações de inteligência e manobras militares nos arredores do país.
A operação é comparada internamente ao ataque de 2020 que matou o general iraniano Qassim Suleimani, então chefe da segurança do Irã, em uma ação de drone autorizada por Trump durante seu primeiro mandato.
🚨URGENTE – Trump confirma que autorizou a CIA a entrar na Venezuela e diz que agora os EUA irão atacar por terra
“Autorizei por dois motivos: primeiro, esvaziaram as prisões e nos enviaram criminosos (…) Mas agora vamos nos concentrar em terra.” pic.twitter.com/nrKfSZzAha
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) October 15, 2025
Além da substituição de Maduro, o plano teria objetivos políticos mais amplos. A estratégia busca enviar um sinal à América Latina, em especial ao México, sobre a disposição dos Estados Unidos em agir com força contra o narcotráfico e organizações criminosas que operam na região.
Trump também rebatizou o Departamento de Defesa como “Departamento de Guerra”, reforçando o caráter ofensivo de sua política externa. A decisão amplia a autonomia da CIA para realizar operações letais, sem necessidade de aprovação do Congresso americano.
Atualmente, os Estados Unidos mantêm cerca de 10 mil soldados, oito navios de guerra e um submarino mobilizados no Caribe. O governo avalia autorizar bombardeios e ataques aéreos em território venezuelano, mas enfrenta barreiras legais, já que a Constituição dos EUA reserva ao Congresso o poder de declarar guerra.