BRASIL

SOMOS 99%: ICL lança manifesto contra privilégios e abusos de mais ricos e políticos fisiológicos

O movimento pede a assinatura de um abaixo-assinado no site 99porcento.com.br

O fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), Eduardo Moreira, lançou, no ICL Notícias – 1ª edição desta segunda-feira (7), um manifesto contra privilégios de 1% da população que concentra 63% da riqueza do Brasil e de abusos de políticos fisiológicos servidores que recebem supersalários. O movimento foi intitulado de “Somos 99 por cento”, e quem quiser aderir ao abaixo-assinado deve acessar o site 99porcento.com.br.

A campanha luta pelo fim dos supersalários; o fim da farra das emendas secretas; a diminuição dos impostos dos trabalhadores e o pagamento de uma parcela justa por parte do 1%; o fim da impunidade dos deputados e senadores; uma campanha nacional de divulgação do Portal da Transparência; punições severas para políticos, juízes, banqueiros, militares e empresários que agirem fora da lei; o pagamento das dívidas dos grandes donos de terras e das grandes empresas; o fim dos subsídios fiscais bilionários para as grandes empresas; e a proibição de eventos ‘vergonhosos’ e ‘sem transparência’.

“O Brasil precisa de coragem para romper com os privilégios, enfrentar os abusos e devolver o Estado ao povo. Não aceitaremos mais um país em que poucos concentram riquezas e benefícios, enquanto a maioria paga a conta”, diz o manifesto da campanha.

“Chegou a hora de moralizar o Judiciário, o Legislativo e o Executivo. De construir um Estado ético, justo e transparente… Este manifesto é um chamado: para quem não aceita mais a desigualdade, para quem não aguenta mais privilégios e corrupção, para quem acredita que o Estado deve servir ao povo — e não o contrário”, completa.

No site, é possível baixar vídeos da campanha para serem compartilhados. Além disso, a campanha pede que o manifesto seja divulgado nas redes sociais com o uso da hashtag #somos99.

Manifesto ‘Somos 99%’

No lançamento da campanha, Edu Moreira citou dados do relatório da Oxfam que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, mostrando que 63% da riqueza do Brasil está nas mãos de 1% da população. Além disso, informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o grupo de 1% dos mais ricos do Brasil tem uma renda média mensal 36,2 vezes maior que os 40% com menores rendimentos. Em relação aos 10% mais ricos, a diferença foi 13,4 vezes maior.

“Não é de se estranhar que com tanta moleza, 1% mais rico do Brasil tenha quase o dobro da riqueza que os outros 99% somados. Dá golpes de bilhões de reais e não vai preso. Deve bilhões de reais e não paga. São donos dos bancos, são donos dos juízes, são donos do congresso, dos jornais e das terras”, disse Edu, no vídeo de lançamento da campanha nas rede sociais.

“A gente nunca teve uma força tão grande para enfrentar essa galera”, resaltou Edu Moreira, que citou, durante o programa, a realização do 3º Fórum de Lisboa, evento que ficou conhecido como “Gilmarpalooza”, com mais de 150 autoridades em Portugal.  “Com cuidado e pragmatismo, com a sinceridade de falar exatamento o que a gente está fazendo, a gente resolveu lançar o movimento”, completou Edu.

ICL campanha manifesto

Edu Moreira lançou a campanha durante o ICL Notícias – 1ªedição. (Foto: Reprodução/ ICL Notícias)

Leia o manifesto da campanha

“Por um Estado Ético, Justo e Transparente

O Brasil precisa de coragem para romper com os privilégios, enfrentar os abusos e devolver o Estado ao povo.

Não aceitaremos mais um país em que poucos concentram riquezas e benefícios, enquanto a maioria paga a conta.

Chegou a hora de moralizar o Judiciário, o Legislativo e o Executivo. De construir um Estado ético, justo e transparente.

Por isso, propomos as seguintes medidas imediatas e inegociáveis:

Fim dos Supersalários

Exigimos o cumprimento integral do teto constitucional para todos os servidores públicos, sem exceções ou manobras. Chega de “penduricalhos” que transformam cargos públicos em castas de privilégios.

Justiça Fiscal para Quem Mais Precisa

Isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais.

E que o 1% mais rico finalmente pague sua parte justa, com taxação de dividendos milionários e combate às estratégias que driblam impostos.

Combate à Corrupção e à Impunidade

Deputados e senadores que roubam, descumprem a lei ou traem a confiança pública devem ser julgados e punidos como qualquer cidadão.
A revisão do foro privilegiado para proteger criminosos é urgente.

Transparência Radical

Fim imediato das emendas secretas, com auditoria completa de tudo o que foi gasto nos últimos anos.
O povo tem direito de saber para onde vai cada centavo do seu dinheiro.

Cobrança dos Grandes Devedores

Os grandes donos de terras, bancos e empresas que acumulam dívidas bilionárias com a União devem pagar já o que devem à sociedade.
Não aceitaremos mais calotes travestidos de “acordos” ou ações judiciais intermináveis.

Chega de Subsídios aos Já Ricos

Os subsídios fiscais bilionários para grandes empresas precisam acabar. É hora de investir esses recursos na população, não em privilégios.

Independência e Imparcialidade no Judiciário

Definição clara de regras para que magistrados não participem de eventos financiados por entidades privadas que possam comprometer sua imparcialidade. Justiça não se vende, não se aluga, não se corrompe.

Fiscalização Popular

Uma campanha nacional de divulgação do Portal da Transparência, para que qualquer cidadão possa fiscalizar os gastos, salários e benefícios de deputados, senadores e membros do Executivo.
O povo fiscaliza. O povo cobra. O povo decide.

O Brasil que Queremos

Queremos um Brasil onde os impostos sejam justos, onde os poderosos também paguem a conta, onde ninguém esteja acima da lei, e onde cada centavo público sirva para melhorar a vida da maioria.

Este manifesto é um chamado: para quem não aceita mais a desigualdade, para quem não aguenta mais privilégios e corrupção, para quem acredita que o Estado deve servir ao povo — e não o contrário”

Fonte ICL

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