POLÍTICA

Sessão da Alerj sobre prisão de Bacellar é marcada por bate-boca e confusão

Sessão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta segunda-feira (8). Foto: Reprodução

A sessão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta segunda-feira (8), foi marcada por bate-boca, troca de acusações e microfones cortados durante a tramitação do projeto de resolução que revogou a prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil).

O confronto começou ainda na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), durante a votação do parecer. O deputado Carlos Minc (PSB) apresentou voto divergente pela manutenção da prisão. Durante o debate, o deputado Alexandre Knoploch (PL), aliado de Bacellar, acusou Minc de estar de “palhaçada”. Minc pediu retratação, que foi recusada, e os microfones chegaram a ser interrompidos.

A CCJ aprovou o parecer por 4 votos a 3. PT e PSB votaram contra a revogação. O deputado Luiz Paulo (PSD) também se posicionou contra o texto apresentado pelo relator Rodrigo Amorim (União), que defendeu que a resolução fosse redigida já prevendo a soltura, caso essa viesse a ser a decisão do plenário.

No plenário, a discussão continuou durante a definição do formato da declaração de voto. A orientação inicial previa apenas os registros de “sim” ou “não”. Parlamentares da esquerda defenderam tempo para justificativas, enquanto deputados alinhados à base de Bacellar pressionaram pela votação imediata.

A maioria foi atingida por votação aberta entre os 70 parlamentares, como determina a Constituição para casos de prisão de deputados estaduais. Para revogar a custódia, eram necessários 36 votos, número alcançado pelo plenário, que confirmou a decisão da CCJ.

Segundo a investigação, Bacellar é apurado por suspeita de vazamento de informações sigilosas para beneficiar o ex-deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como “TH Joias”, também preso. O inquérito aponta relações do investigado com o crime organizado no Complexo do Alemão.

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