As sanções financeiras, com base na Lei Magnitsky, impostas pelo governo dos Estados Unidos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo Alexandre de Moraes, terão efeitos práticos limitados, segundo análise de banqueiros brasileiros. A avaliação do mercado financeiro, segundo a Veja, é que os magistrados estão protegidos por manterem seus recursos exclusivamente no Brasil.
“Se eles têm só contas no Brasil, eles estão 100% protegidos”, afirmou um executivo do setor bancário. Outro destacou que “essas avaliações são apenas para ativos nos EUA”, enquanto um terceiro resumiu: “Bem tranquilo [para os ministros do STF que sofrem sanções dos EUA]”.
As declarações refletem o entendimento de que o sistema financeiro brasileiro opera com autonomia em relação às determinações do governo dos Estados Unidos. Como Alexandre de Moraes e outros ministros potencialmente alvo das sanções evitam exposição a instrumentos financeiros com conexão internacional, estariam imunes aos principais efeitos das medidas.
As sanções, baseadas na Lei Magnitsky, incluem tradicionalmente o bloqueio de bens em território estadunidense, suspensão de vistos e restrições a serviços bancários vinculados ao sistema financeiro norte-americano. No entanto, especialistas destacam que o impacto se limitaria a:
– Uso de cartões de crédito internacionais;
– Realização de transferências em dólar;
– Operações através de bancos com presença ou vínculos nos EUA
“Pode ser um desgaste de imagem ou mesmo político. Mas financeiramente, os ministros estão protegidos”, avaliou uma fonte do mercado financeiro.
O ministro Alexandre de Moraes tem demonstrado tranquilidade diante das medidas, segundo relatos de pessoas próximas. Fontes revelam que o magistrado não possui contas bancárias, bens ou investimentos nos Estados Unidos, o que praticamente anularia os efeitos financeiros das sanções.
Seu desinteresse pela situação ficaria evidente pelo fato de seu visto estadunidense estar vencido há dois anos, sem que tenha tomado providências para renová-lo.
