O advogado Marcelo Levy Garisio Sartori, de 46 anos, morreu nesta sexta-feira (29) após um acidente durante um salto no Centro Nacional de Paraquedismo de Boituva (SP). Além da carreira jurídica, ele também era fisiculturista e paraquedista profissional com mais de dois mil saltos. Marcelo era filho do desembargador Ivan Sartori, ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Segundo a Prefeitura de Boituva, Marcelo era paraquedista da categoria D, a mais avançada do esporte, e possuía mais de dois mil saltos registrados. Também se dedicava ao fisiculturismo, tendo conquistado o 5º lugar em uma competição da modalidade.
Douglas Gomes, amigo da família, destacou que Marcelo era dedicado ao esporte e muito presente nas comemorações com amigos.
“De opiniões e caráter forte. Sempre presente, apoiando os amigos nos momentos tristes e felizes. Outro dia fomos almoçar em um restaurante italiano e ele simplesmente tomou apenas água, precisava manter o peso para uma competição. Era fissurado pelo paraquedismo, participava de todas as competições possíveis. Adrenalina, liberdade. Esse era o Marcelo”, disse.
Na advocacia, Marcelo era sócio-administrador do escritório Levy Sartori Advogados Associados, em São Paulo. De acordo com amigos próximos, tinha como referência o pai, que também é advogado. “Os dois tinham ótima relação”, relatou Douglas.
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O acidente
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Marcelo chegou a ser socorrido e levado ao Hospital São Luís, mas não resistiu. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que ele se aproximava do solo quando o equipamento fechou e ele sofreu a queda, registrada em vídeo.
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Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo lamentou a morte do advogado: “Os integrantes do Tribunal de Justiça de São Paulo lamentam a morte precoce de Marcelo Sartori, filho do ex-presidente da Corte, e unem-se aos familiares e amigos nessa hora de imensa dor.”
A Associação de Paraquedismo de Boituva (APB) também se manifestou. “O atleta Marcelo Levy Garisio Sartori, ao se aproximar do solo, fez uma curva a baixa altitude e colidiu com violência em solo. Foi socorrido pela equipe de resgate de plantão do CNP, levado ao hospital de Boituva e veio a óbito. Seu equipamento foi recolhido para perícia”, informou a entidade.
Investigação e perícia
A Prefeitura de Boituva confirmou que Marcelo estava com habilitação internacional em dia e que o equipamento usado havia passado por vistoria preliminar, sem irregularidades.
“Segundo a CBPq – Confederação Brasileira de Paraquedismo, o atleta estava ativo na USPA – United States Parachute Association, entidade americana reconhecida mundialmente. Considerando que o atleta não era filiado à CBPq, a organização não tem competência para medidas específicas, contudo fará o acompanhamento das investigações policiais, inclusive prestando solidariedade junto aos familiares e a toda comunidade pela perda”, afirmou a confederação.
Os equipamentos foram apreendidos para análise, e o caso foi registrado como morte suspeita na delegacia de Boituva, que instaurou inquérito para investigar as causas do acidente.
O velório ocorre na funerária do Morumbi, em São Paulo. Ao meio-dia, o corpo seguirá para o crematório da Vila Alpina, também na capital.
