POLÍTICA

Presidente da CBF e deputada do MDB são alvos de operação da PF sobre compra de votos

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud. Foto: Reprodução

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, a deputada federal Helena da Asatur (MDB) e o marido dela, o empresário Renildo Lima, foram alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) realizada nesta quarta-feira (30), que investiga compra de votos nas eleições municipais de 2024 em Roraima.

De acordo com fontes da PF, os endereços de Samir, Helena e Renildo foram vasculhados em Roraima. No caso da deputada, os agentes cumpriram mandados em duas empresas e em uma de suas residências. Já o presidente da CBF teve sua casa no estado e a sede da entidade, no Rio de Janeiro, como alvos da ação.

Samir e Helena são do mesmo partido, o MDB, e do mesmo grupo político em Roraima. O atual presidente da CBF chegou a ser candidato a deputado federal pelo partido em 2022, mas não foi eleito.

Se Helena quiser ser senadora, precisa ser mais transparente', por Rubens Medeiros - Roraima 1
A deputada federal Helena da Asatur (MDB) e o marido dela, o empresário Renildo Lima. Foto: Reprodução

Operação investiga compra de voto

A operação, batizada de “Caixa Preta”, apura suspeitas de compra de votos para o pleito de 2024. Ao todo, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e a Justiça determinou o bloqueio de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.

As investigações começaram quando Renildo Lima, marido de Helena da Asatur, foi preso com R$ 500 mil nas eleições municipais daquele ano. Parte desse dinheiro foi encontrada na cueca do empresário.

Dois dias antes da operação, Samir Xaud esteve em Brasília para uma reunião com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O encontro, segundo a PF, tratou de uma possível cooperação institucional. Helena, por sua vez, havia chegado a Roraima na madrugada desta quarta, mas não estava em casa no momento da ação policial.

O que diz a CBF?

Em nota, a CBF informou que recebeu os agentes da PF entre 6h24 e 6h52 na sede da confederação. “É importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações”, disse a entidade.

A confederação acrescentou que não recebeu nenhuma informação oficial sobre o objeto da investigação e que nenhum material foi levado pelos agentes. “O presidente Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”, completou a nota.

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