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Por que Trump autorizou testes nucleares nos EUA

Donald Trump, presidente dos EUA – Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (29) que autorizou a retomada de testes nucleares no país. A decisão foi divulgada em publicação na plataforma Truth Social e, segundo o presidente, tem o objetivo de equilibrar as condições estratégicas com Rússia e China, que estariam modernizando seus arsenais. O Departamento de Guerra foi instruído a iniciar procedimentos imediatamente.

Na mensagem, Trump afirmou que os Estados Unidos possuem mais armas nucleares do que qualquer outro país e disse ter promovido modernização do arsenal durante o primeiro mandato. “Os Estados Unidos possuem mais armas nucleares do que qualquer outro país. Isso foi alcançado, incluindo uma completa modernização e renovação do arsenal existente, durante meu primeiro mandato”, disse.

“Devido ao tremendo poder destrutivo, eu DETESTEI fazer isso, mas não tive escolha! A Rússia está em segundo lugar e a China em um distante terceiro, mas estarão empatadas dentro de 5 anos. Devido aos programas de testes de outros países, instruí o Departamento de Guerra a iniciar os testes de nossas armas nucleares em igualdade de condições. Esse processo começará imediatamente. Agradeço a sua atenção a este assunto!”, completou.

A decisão ocorre em meio ao debate sobre o futuro do tratado New START, firmado em 2010 entre Estados Unidos e Rússia para limitar ogivas estratégicas e estabelecer inspeções. O acordo expira em fevereiro de 2026. Em 2023, a Rússia suspendeu unilateralmente sua participação após o início da guerra na Ucrânia. O governo norte-americano sinalizou interesse em prorrogar o pacto.

Em declarações recentes, Trump afirmou que pretende discutir redução de armas de destruição em massa com Rússia e China. As conversas, no entanto, não avançaram até o momento. Durante encontro em agosto com o presidente da Coreia do Sul, o presidente norte-americano citou a importância de evitar a proliferação nuclear em escala global.

A Organização das Nações Unidas classifica o contexto atual como o mais arriscado desde a Guerra Fria. Segundo dados da Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares, em 2023 foram gastos mais de US$ 2,8 mil por segundo em armamentos. Especialistas acompanham o impacto da modernização dos arsenais nas negociações internacionais.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que, se os Estados Unidos não considerarem necessária a prorrogação do New START, Moscou não vê motivos para mantê-lo. O líder russo defendeu que futuros acordos incluam outras potências nucleares, como China, França e Reino Unido, devido ao cenário atual.

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