POLÍTICA

PoderData: 34% dos bolsonaristas culpam o inelegível e sua família pelo tarifaço

Flávio, Carlos, Jair, Eduardo e Jair Renan Bolsonaro. Foto: reprodução

Uma pesquisa PoderData divulgada nesta quinta-feira (31) mostra que os eleitores brasileiros estão divididos quanto à responsabilidade pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. O levantamento revela uma clara polarização entre apoiadores de Lula e Bolsonaro na interpretação das medidas anunciadas por Donald Trump.

Entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, 40% atribuem a culpa pelo “tarifaço” ao presidente Lula (PT), enquanto 34% acreditam que o próprio Bolsonaro e sua família são responsáveis. Os restantes 26% não souberam responder. Já entre os eleitores petistas, 55% apontam Bolsonaro como culpado, 26% responsabilizam Lula e 19% não tinham opinião formada.

A pesquisa foi realizada com 2.500 entrevistados entre 26 e 28 de julho, por meio de ligações telefônicas, apresentando margem de erro de dois pontos percentuais e 95% de nível de confiança.

Os dados foram coletados pouco antes da oficialização da medida na quarta-feira (30), quando Trump reiterou em carta pública que uma das razões para o tarifaço seria o tratamento dado pelo STF e pelo governo brasileiro a Bolsonaro, réu em processo sobre suposta tentativa de golpe.

Donald Trump e Jair Bolsonaro sorrindo lado a lado
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro – Reprodução

Brasileiros rejeitam tarifaço, diz Datafolha

Já a pesquisa Datafolha, também desta quinta-feira, revelou que a grande maioria dos brasileiros acredita que o tarifaço imposto pelos Estados Unidos vai afetar negativamente a economia do país. Segundo o levantamento, 89% dos entrevistados consideram que a medida adotada pelo presidente estadunidense Donald Trump deve trazer prejuízos econômicos ao Brasil.

A consulta foi realizada entre os dias 29 e 30 de julho, com 2.004 pessoas em todas as regiões do país, antes da oficialização do decreto que aumentou em 50% a taxa de importação sobre parte dos produtos brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ao detalhar os números, o instituto aponta que 66% acreditam que o impacto será “muito negativo” e 23% acham que o prejuízo será “moderado”. Apenas 7% afirmaram que a economia não será prejudicada, enquanto 4% disseram não saber responder. A rejeição ao tarifaço é praticamente unânime entre eleitores de diferentes espectros políticos.

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