đšURGENTE â Bolsonaro diz que alguĂ©m pediu para ir no banheiro e voltou com um pendrive
âUma pessoa pediu para ir no banheiro e voltou com um pendrive na mĂŁo (âŠ) eu nunca abri um pendrive na minha vida, eu nĂŁo tenho nem laptop em casa para mexer com pendriveâ pic.twitter.com/ymKG9nN9TZ
â SPACE LIBERDADE îš (@NewsLiberdade) July 18, 2025
Em meio ao pĂąntano de investigaçÔes que encurrala o clĂŁ Bolsonaro, uma peça, atĂ© entĂŁo mantida na penumbra dos inquĂ©ritos, pode ser a chave para desvendar um esquema de movimentação financeira. Fontes da PolĂcia Federal em BrasĂlia adiantaram ao DCM informaçÔes sobre o pen drive escondido no banheiro do ex-presidente.
A hipĂłtese que se desenha Ă© que o dispositivo pode ser, na verdade, uma âcold walletâ â uma carteira fria de criptomoedas.
Para o cidadĂŁo comum, um pen drive serve para guardar fotos, documentos de texto ou apresentaçÔes. No submundo das finanças ilĂcitas, no entanto, sua função pode ser outra. Modelos de armazenamento de criptoativos em dispositivos offline sĂŁo a ferramenta predileta para quem deseja lavar dinheiro e praticar evasĂŁo de divisas.
MilhĂ”es de reais, obtidos de fontes obscuras â como as famigeradas ârachadinhasâ ou supostos esquemas de corrupção â, sĂŁo convertidos em criptomoedas como Bitcoin (BTC) ou Ethereum (ETH). Uma vez digitalizado, o dinheiro perde seu rastro fĂsico. O passo seguinte Ă© transferir esses ativos digitais para uma âcold walletâ.
Diferente das corretoras online (hot wallets), que sĂŁo conectadas Ă internet e rastreĂĄveis, a carteira fria Ă© um cofre offline. O pen drive, uma vez carregado com as chaves de acesso Ă s criptomoedas, Ă© desconectado da rede, tornando-se um fantasma para o sistema financeiro tradicional e para a Receita Federal.
Com esse dispositivo no bolso, uma pessoa pode cruzar fronteiras transportando fortunas sem que um Ășnico dĂłlar seja detectado em scanners de aeroporto ou em contas bancĂĄrias. Ao chegar em um paraĂso fiscal ou em paĂses com regulação frouxa, como os Estados Unidos, basta conectar o pen drive a um computador, acessar os fundos e convertĂȘ-los novamente em moeda local. Ă a evasĂŁo de divisas em sua forma mais pura e tecnolĂłgica, um crime perfeito para a era digital.
Ă bom lembrar que ainda foram encontrados 14 mil dĂłlares e 7 mil reais em dinheiro vivo.
A suspeita ganha força quando se observa o contexto. As investigaçÔes sobre a venda de joias e presentes oficiais nos Estados Unidos, operada por figuras de confiança de Bolsonaro, como seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, levantam uma questão óbvia: como o dinheiro dessas transaçÔes retornava ao Brasil ou era utilizado no exterior sem levantar alertas?
Teria o esquema de criptoativos servido para âlimparâ esses valores? Seria essa a ponta do iceberg de uma estrutura montada para financiar a vida nababesca do clĂŁ no exterior e, quem sabe, para financiar atos antidemocrĂĄticos, longe dos olhos do Coaf e do Banco Central?
O que continha, afinal, o pen drive encontrado no banheiro? Seriam apenas arquivos pessoais ou as chaves criptogrĂĄficas de uma fortuna digital? Se a PolĂcia Federal conseguir quebrar a criptografia do dispositivo â uma tarefa notoriamente difĂcil â, o que revelarĂĄ?