POLÍTICA

Estudantes da USP realizam acampamento em favor da causa palestina

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) iniciaram nesta quarta- feira (25/09), no Vão da História e da Geografia, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), a 2ª edição do Acampamento “Por uma Palestina Livre”, em pró a defesa do povo palestino na universidade. 

O movimento busca resultados de solidariedade internacionalista aos palestinos, vítimas de genocídio por Israel, com suporte do imperialismo norte-americano. 

O estudante de História da USP, Noah Brandsch, que integra o Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino e o Coletivo Faísca Revolucionária, disse a Opera Mundi que os acampantes estão “inspirados na mobilização, tanto no Brasil como no mundo inteiro”.

O evento vem sofrendo ameaças da extrema direita. Nesta semana, o deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) acionou o Ministério Público contra o movimento. Diante dessa denúncia, o ativista considera de extrema importância a cobertura e solidariedade de professores, ativistas, figuras públicas, artistas e de toda a comunidade para prevenir ameaças de extrema direita. 

“A ideia de ocupar esse local também é em resposta às recentes vindas da extrema direita na Faculdade, que vieram intimidar e ameaçar os estudantes e funcionários”, disse Noah.

A ação na USP se insere em um movimento global de universidades ocupadas, as quais estão cada vez mais se levantando contra a barbaridade em Gaza e contra o projeto de morte que une sionismo, imperialismo e capitalismo. Na Itália, por exemplo, a classe trabalhadora convocou uma greve geral de 24 horas e protestos massivos em solidariedade ao povo palestino.

Acampamento “Por uma Palestina Livre” conta com programação realizada por universitários
 Reprodução: espp.usp

Segundo Noah, o acampamento conta com uma vasta programação, incluindo mesas para os participantes, oficinas e dinâmicas. “Organizamos uma programação com mesas e oficinas sobre o tema, para chamar a atenção das pessoas, e também a ocupação do Vão com as barracas, faixas e bandeiras, e programamos escalas para manter o acampamento”, afirmou.

 O projeto Global Sumud Flotilha, que possui a missão de romper o bloqueio e levar ajuda humanitária a Gaza, conta com a participação de funcionários, estudantes da USP e ativistas e do Sindicato de Trabalhadores da USP (SINTUSP). 

Os jovens se expiram em estudantes e trabalhadores por todo o mundo, exclusivamente os que estão bloqueando portos e ocupando universidades contra a cumplicidade de governos e instituições com o Estado de Israel.

Está sendo muito importante essa mobilização, visto as crescentes ameaças de Israel à Flotilha Sumud, que conta com dois companheiros nossos do Sindicato. Noah enfatiza que “professores da Faculdade também vieram saudar o acampamento, sendo considerado importante para nós enquanto estudantes.

Para o movimento, o boicote geral a Israel é uma ferramenta poderosa de resistência, a USP rompeu todos os convênios com universidades e instituições israelenses, enfatizando que o Brasil deve romper todas as relações com Israel.

Na visão dos estudantes o genocídio só cresce, e a solidariedade internacional é a chave para dar um basta no ciclo de opressão, considerando que a cumplicidade de empresas, universidades e governos com a máquina de guerra israelense é inaceitável. Em razão disso, consideram o boicote a Israel uma ferramenta poderosa de resistência. 

“Esperamos que o movimento internacional por solidariedade à Palestina só cresça e chamamos todo mundo a se somar nas ações, inclusive porque o próprio governo brasileiro, apesar das palavras, segue enviando petróleo e aço para os tanques de Israel”, concluiu Noah.

O post Estudantes da USP realizam acampamento em favor da causa palestina apareceu primeiro em Opera Mundi.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo