POLÍTICA

Eduardo Bolsonaro diz articular sanções da União Europeia contra Moraes

Eduardo Bolsonaro, em participação no programa “Conversa Timeline”, no YouTube. Reprodução

Vivendo nos Estados Unidos desde fevereiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira (1º) que articulações estão em curso para que a União Europeia adote sanções contra autoridades brasileiras, com foco no ministro do STF Alexandre de Moraes. A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo no canal “Conversa Timeline”, no YouTube, em um programa com Luis Ernesto Lacombe, o blogueiro foragido Allan dos Santos e Max Cardoso.

A fala ocorre dois dias após o nome de Moraes ter sido incluído em um sistema de sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, com base na Lei Magnitsky, que permite punições a estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. “Estão começando as tratativas para levar essas sanções para a União Europeia. Até onde a gente vai com isso tudo?”, questionou o parlamentar durante a live.

Eduardo também criticou o Supremo Tribunal Federal pela condução da ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, cujo principal réu é seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele defendeu a anistia como saída para a crise e afirmou estar sem contato com o pai desde que deixou o Brasil.

Durante a transmissão, o deputado insinuou que Alexandre de Moraes não conseguiria circular sem escolta policial e voltou a afirmar que alertava para os desdobramentos da atuação do Supremo. “Eu não quero dobrar essa aposta. Eu não sou um moleque que está ameaçando. Sou uma pessoa que está há muito tempo, desde a tribuna da Câmara dos Deputados, falando: vai dar merda”, afirmou.

Eduardo repetiu que a anistia seria, em sua visão, a melhor solução para o momento e acusou a Corte de alimentar o que chamou de “vitória da perseguição”. O deputado também se queixou da impossibilidade de manter contato direto com Bolsonaro, reforçando o distanciamento familiar causado pela atual situação judicial do ex-presidente.

Na parte mais polêmica da live, Eduardo afirmou: “Qual é a diferença entre você ser condenado semana que vem ou daqui a três semanas? Entre ser condenado a 40 ou 400 anos? E aí, STF, o que vai acontecer? Vão jogar o meu pai em um calabouço imundo, torcendo pela morte dele ou, talvez, até encomendando a morte dele? Bolsonaro vai morrer, vamos dizer? Como vai ficar a vida de vocês aqui na Terra?”.

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