O Comitê de Segurança do Gabinete (CCS) indiano aprovou, em agosto de 2025, a aquisição de 97 caças militares da classe Tejas Mk-1A para compor a frota da Força Aérea Indiana (IAF).
O valor estimado do contrato é de cerca de US$ 7,4 bilhões (62 mil crore), e a aprovação foi confirmada pela fabricante das aeronaves, a estatal Hindustan Aeronautics Limited (HAL), sediada em Bangalore, sob gestão do Ministério da Defesa do país.
O contrato é parte da iniciativa governamental Make in India, que estimula o crescimento do capital nacional para a fabricação interna em até 25 setores econômicos, que objetiva “transformar a Índia em um centro global de design e manufatura” e aumentar o PIB do país em 25% até 2025.https://8a4eb1e40eb90c7a8e71b522d3bf2592.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-45/html/container.html?n=0
A nova encomenda, que passou por aprovação do governo ainda em 2023 e teve contrato assinado este ano, deve ampliar os pedidos originais da IAF, que já havia encomendado outros 83 jatos Mk1A para seu programa de caças Tejas (incluindo 73 unidades de Mk-1A monolugares e 10 treinadores Mk-1, que aceitam dois pilotos), somando 180 unidades. Entre 2006 e 2010, além disso, 40 outros Tejas monolugares já haviam sido entregues à IAF pela fabricante, o que eleva a frota total do país para 220 unidades do caça.
Os 83 pedidos iniciais tinham entrega estimada para 2029, mas três foram entregues em 2024, e a capacidade de produção da HAL aumentou para 16 aeronaves anuais entre 2024 e 2029.
Durante o evento de tecnologia Aero India 2025, o diretor da fabricante indiana das aeronaves, D. K. Sunil, afirmou que pelo menos onze Tejas devem ser entregues às forças aéreas da Índia até março de 2026, e o resto das 83 unidades do pedido anterior devem chegar até a metade de 2028 — já os 97 novos pedidos de Tejas Mk1A devem ser entregues até 2032.
Tejas Mk1A
Créditos: Wikimedia Commons
Desenvolvidos como parte do programa Light Combat Aircraft (LCA, ou aeronave leve de combate) da estatal indiana HAL, os Tejas Mk1A são caças leves e multifunção da quarta geração.
Idealizados para reduzir a dependência indiana de caças estrangeiros e modernizar a frota da IAF, os caças são usados em missões de interceptação aérea (combate ar-ar de curto e médio alcance), ataques ao solo (bombardeios táticos e destruição de alvos terrestres) e reconhecimento tático.
A proposta é que os caças sejam leves, ágeis e de fácil manutenção, e que atinjam grandes velocidades de voo. Eles competem com outras versões da categoria de caças compactos, como os modelos JF-17 Thunder, usados por Paquistão e China, e F-16 Block 70, usado pelos EUA.
O alcance operacional é de até 1.850 km, e a Força Aérea Indiana finalizou um pedido de motores GE F404 para compor seus novos Tejas, turbofans de pós-combustão que devem atualizar sua versão de combate leve e aprimorar capacidades de combate.
O Mk1A carrega, ainda, um radar AESA (Active Electronically Scanned Array), sistemas aviônicos e de guerra eletrônica avançados e compatibilidade com armamentos modernos, como o míssil ar-ar Astra Mk-1 e o míssil de cruzeiro BrahMos-NG.
