Luis Fernando Verissimo, um dos maiores cronistas do Brasil, deixou uma obra vasta que atravessa gerações. Autor de mais de 80 livros, ele morreu neste sábado (30), aos 88 anos, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
O escritor estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento havia três semanas, tratando um princípio de pneumonia. Além disso, enfrentava problemas de saúde como Parkinson, complicações cardíacas e, em 2020, passou por uma cirurgia para retirar um câncer ósseo na mandíbula.
Mesmo com as dificuldades, manteve até o fim sua rotina de leitura de jornais, acompanhava os noticiários e continuava torcendo pelo Internacional, paixão que marcou sua vida.
A seguir, 12 obras imperdíveis que mostram por que Verissimo é considerado um mestre do humor, da ironia e da observação do cotidiano:
“Ed Mort” (2001)
A coletânea traz todas as histórias do detetive mais desastrado do Brasil, personagem que fez sucesso no cinema e na televisão.
“Diálogos impossíveis” (2012)
Último livro publicado por Verissimo, reúne crônicas criativas e inteligentes, confirmando seu talento em capturar situações do dia a dia com humor e sensibilidade.
“Os espiões” (2009)
Primeiro romance que o autor escreveu sem ser por encomenda, mistura suspense e ironia em uma trama envolvente.
“O melhor das comédias da vida privada” (2004)
Seleta de textos de sua série mais famosa, que retrata o cotidiano com humor refinado.
“Todas as histórias do Analista de Bagé” (2002)
As aventuras do freudiano gaúcho, adepto da terapia à base de joelhaços, se tornaram clássicas.
“Comédias para se ler na escola” (2000)
Best-seller absoluto de Verissimo, vendeu mais de 1,2 milhão de exemplares e segue presente em salas de aula de todo o país.
“O clube dos anjos” (1999)
Romance que aborda a gula e os prazeres da mesa em uma narrativa repleta de humor e crítica social.
“Aventuras da família Brasil” (2005)
Pelos quadrinhos, Verissimo retrata a rotina de uma família de classe média, transformando o ordinário em clássico da sátira social.
“As cobras” (1975)
Por meio de tirinhas, o autor conseguiu discutir política, religião e futebol em plena ditadura, driblando a censura com inteligência.
“As mentiras que os homens contam” (2000)
Reunião de crônicas sobre as pequenas (e grandes) mentiras masculinas, sempre contadas em tom de ironia e humor.
“O opositor” (2004)
Romance de suspense alegórico e bem-humorado, que mostra outra faceta da versatilidade literária de Verissimo.
“O jardim do diabo” (1987)
Incursão do autor no gênero thriller, sem deixar de lado o humor afiado que marcou sua carreira.
