POLÍTICA

O recado de Tarcísio a Moraes após prisão domiciliar de Bolsonaro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Isabella Finholdt/ Metrópoles

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda (4). Em vídeo publicado nas redes sociais, ele classificou a medida como “um absurdo” e questionou o impacto das ações judiciais sobre o estado democrático de direito.

Sem citar diretamente o nome de Moraes, o governador usou fez uma pergunta ao ministro: “Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la?”. Na sequência, ele disse que brasileiros estariam sendo “punidos” por “acreditar na liberdade, na democracia e na Justiça”.

No vídeo, com cerca de 50 segundos, Tarcísio também afirma que o julgamento do ex-presidente foi conduzido com parcialidade.

“Bolsonaro foi julgado e condenado muito antes de tudo isso começar”, afirmou. Segundo ele, o ex-presidente é alvo de acusações sem base concreta. “Por uma tentativa de golpe que não aconteceu, um crime que não existiu e acusações que ninguém consegue provar”, completou.

Tarcísio já havia defendido Bolsonaro após a decisão que impôs o uso de tornozeleira eletrônica. Apesar disso, foi alvo de críticas de aliados por não ter comparecido à manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, no último domingo (3). Na ocasião, justificou sua ausência por estar se recuperando de uma cirurgia na tireoide.

O ministro determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares impostas no dia 18 de julho. Segundo Moraes, Bolsonaro usou redes sociais de aliados para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

Bolsonaristas têm se articulado contra a decisão. Aliados se reuniram nesta terça em Brasília para discutir a determinação e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, propôs um “pacote da paz” que prevê anistia e o impeachment do magistrado.

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