POLÍTICA

O cerco às quadrilhas das emendas. Por Moisés Mendes

Prédio da Controladoria-Geral da União. Foto: reprodução

Reuniram-se nessa terça-feira no Supremo representantes Controladoria Geral da União, do Tribunal de Contas da União, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste.

Foi uma reunião técnica para debater as possibilidades de rastrear o caminho das emendas de deputados em contas bancárias. A informação é de Carolina Brígido, no Estadão.

Todas essas instituições querem saber como desvendar os mistérios mais elementares da dinheirama das emendas. Quem pega o dinheiro da emenda no Congresso, para onde vai e quem usa o dinheiro.

Para quem pode estar espantado, que se esclareça que eles não sabem mesmo quase nada do uso desse dinheiro saído das emendas secretas e não secretas.

Ninguém sabe como funcionam as maiores facções envolvidas na maior corrupção oficializada no Brasil. São R$ 50 bilhões em emendas movimentados por ano.

Nunca, em tempo algum, quadrilhas organizadas para saquear os cofres públicos movimentaram tanto dinheiro com tanta gente em tantas cidades.

São facções comandadas principalmente por direita e extrema direita, que se apropriaram do poder político de cidades de todos os portes com a imposição das emendas.

O Estadão informa que a CGU tem cinco auditorias abertas para investigar o pagamento e o destino das emendas.

No Supremo, correm pelo menos 40 processos contra parlamentares sob suspeita de montar estruturas mafiosas com dinheiro das emendas.

É possível fazer uma previsão otimista. Em 2026, mais casos irão estourar. E os estouros acontecerão no colo do fascismo.

O ministro Flavio Dino, que se dedica a identificar as gangues das emendas, a Polícia Federal, o Ministério Público e a CGU vão chegar às quadrilhas. Não tem como não chegar.

O próximo ano será o do desvendamento das estruturas corruptas montadas nas cidades para compartilhar o dinheiro das emendas secretas, que só as próprias quadrilhas sabem como é usado.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo