
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu nesta segunda-feira (29) a anistia para os golpistas do 8 de janeiro como forma de “pacificação” do país. A declaração foi feita após visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O encontro durou cerca de três horas. Segundo Tarcísio, o ex-presidente chorou durante a conversa. “É muito triste ver o presidente na situação em que ele está, conversando e soluçando”, disse o governador, que se apresentou como solidário ao aliado.
Tarcísio afirmou que não tratou de sucessão presidencial com Bolsonaro e reafirmou que disputará a reeleição ao governo de São Paulo. Ele disse que não cogita ser candidato ao Planalto em 2026, apesar das pressões de aliados que o veem como alternativa da direita.
O governador também criticou o Projeto de Lei da Dosimetria, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP). A proposta prevê apenas redução de penas para os condenados, o que, segundo Tarcísio, não satisfaz o campo bolsonarista. Para ele, apenas a anistia ampla poderia atender à demanda política de sua base.
Esta foi a segunda visita de Tarcísio a Bolsonaro desde que o STF determinou a prisão domiciliar do ex-presidente. Também participaram da reunião dois filhos de Bolsonaro: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Jair Renan (PL), de Balneário Camboriú (SC).
Durante a viagem a Brasília, Tarcísio se encontrou ainda com Vicente Santini, chefe da representação do governo paulista na capital federal. Embora tenha sido convidado para a posse de Edson Fachin e Alexandre de Moraes na presidência e vice da Corte, optou por não comparecer ao evento.
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