O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, a receber visitas de aliados. A lista de permissões inclui o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e outros políticos.
A decisão do ministro especifica que as visitas poderão ocorrer uma por dia entre sexta (8) e a próxima quinta (14), sempre das 10h às 18h. Moraes afirmou que todas as determinações legais e judiciais devem ser rigorosamente respeitadas, conforme estabelecido no regime de prisão domiciliar.
Antes dessa autorização, Moraes consultou a defesa de Bolsonaro para saber se o ex-presidente desejava receber as visitas requeridas. A resposta foi afirmativa. O ex-presidente indicou interesse em se encontrar com Tarcísio e outros aliados, como os deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Domingos Sávio (PL-MG) e Luciano Zucco (PL-RS).
Um dos principais argumentos de Tarcísio ao fazer o pedido foi que ele é “correligionário e amigo” de Bolsonaro, além de ter preocupações de caráter “político-institucional e humanitário”. A autorização de visitas ocorre em meio a um cenário de tensões políticas e medidas cautelares estabelecidas após Bolsonaro ter participado, via vídeo, de manifestações contrárias ao STF.
Todas as visitas estão sujeitas a regras rígidas: é proibido o uso de celular, gravação de áudio ou vídeo e registro fotográfico, seguindo as cautelares já em vigor. A flexibilização anterior permitia apenas visitas de familiares diretos (como filhos, netos e cunhados) sem necessidade de autorização judicial.
Veja a lista de visitas autorizadas:
- Governador de São Paulo, Tarcísio Gomes De Freitas (Republicanos-SP);
- Vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão (PP-DF);
- Deputado federal Geraldo Junio (PL-MG);
- Deputado federal Marcelo Pires Moraes (PL-RS);
- Empresário e presidente do PL em Angra dos Reis, Renato De Araújo Corrêa;
- Deputado federal Luciano Lorenzini Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde a última segunda (4) por descumprimento de medidas cautelares impostas no mês passado. Antes da nova decisão, apenas o senador Ciro Nogueira (PP-PI) havia recebido permissão para visitá-lo e encontrou o ex-presidente nesta terça (5).
