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Mísseis Oreschnik na Bielorrússia: A nova ameaça nuclear russa que pode devastar a Europa

A Rússia anunciou, e filmou, a instalação de seus temidos mísseis Oreschnik na Bielorrússia, país aliado e com posição estratégica. Essa movimentação representa um risco iminente para a Europa, dado o poder destrutivo e o alcance desses projéteis.

Os mísseis Oreschnik, descritos como de médio alcance mas superpoderosos, podem carregar ogivas convencionais ou nucleares. Segundo a mídia russa e o próprio governo, mesmo com uma ogiva convencional, um míssil Oreschnik pode causar um estrago comparável ao de uma arma nuclear.

A instalação na Bielorrússia, que faz fronteira com a Ucrânia e três países membros da OTAN (Polônia, Lituânia e Letônia), aumenta significativamente a capacidade russa de atingir alvos em todo o continente europeu. A mídia russa afirma que estes mísseis são impossíveis de interceptar, o que intensifica a apreensão.

A decisão de Vladimir Putin ocorre em meio a negociações de paz complexas e, segundo a fonte, infrutíferas. A Ucrânia, com propostas de paz que a Rússia considera não atenderem às suas reivindicações iniciais, como a não adesão à OTAN, tem sido vista por Moscou como relutante em buscar o fim do conflito.

O Poder Destrutivo dos Mísseis Oreschnik

Os mísseis Oreschnik possuem um alcance de até 5.500 km, o que, segundo a análise, é suficiente para atingir qualquer país da Europa, desde Portugal até os países bálticos. A instalação de cerca de 12 unidades na Bielorrússia, um número considerado alto pela potência dessas armas, eleva a capacidade de destruição em larga escala.

Se equipados com ogivas nucleares, o potencial devastador é ainda maior. A Rússia, sendo uma das maiores potências nucleares do mundo, demonstra com essa ação um endurecimento de sua postura, aumentando a pressão sobre os países ocidentais e a Ucrânia.

Contexto da Guerra e Negociações Frustradas

A escalada militar russa ocorre em um momento de aumento de ataques e acusações mútuas. A Rússia acusou a Ucrânia de um ataque à sua residência presidencial, o que, segundo Moscou, justifica o reforço militar e a ocupação de território ucraniano, sob a alegação de que a Ucrânia não busca a paz genuinamente.

As propostas de paz apresentadas pela Ucrânia, que teriam sido simplificadas de 28 para 20 pontos, não teriam atendido a exigência russa de não adesão à OTAN, um ponto crucial para o Kremlin desde o início do conflito. A falta de consenso nas negociações, intermediadas pelos Estados Unidos, contribui para a tensão.

Repercussão e Pânico na Europa

A instalação dos mísseis Oreschnik na Bielorrússia gera uma forte reação esperada da Ucrânia, que buscará aumentar a pressão sobre os Estados Unidos e a OTAN. A proximidade com países membros da aliança, como Polônia, Lituânia e Letônia, intensifica a preocupação.

Esses países, que já reivindicam maior participação da OTAN no conflito e a entrada de tropas aliadas na Ucrânia, agora enfrentam uma situação de maior vulnerabilidade. A população dessas regiões pode experimentar um clima de pânico, aumentando a pressão sobre seus governos para uma resposta mais contundente da OTAN.

Potencial Alcance para Além da Europa

Além da Europa, a posição estratégica da Rússia, com seu vasto território que se estende pela Ásia, permite que os mísseis Oreschnik, dependendo de sua instalação, possam teoricamente atravessar o Oceano Pacífico e atingir a costa oeste dos Estados Unidos. Essa capacidade de projeção de poder demonstra a complexidade e o alcance global da ameaça.

A situação exige atenção e delicadeza nas próximas ações diplomáticas e militares. A nova ameaça nuclear russa na Bielorrússia eleva o nível de alerta e as possíveis consequências para a segurança global são imensuráveis.

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