POLÍTICA

Ministros de Lula ignoram orientação e falam sobre julgamento no STF

Os ministros Margareth Menezes (Cultura) e Fernando Haddad (Economia) – Divulgação

Dos 38 ministros do governo Lula, ao menos sete romperam a orientação do Palácio do Planalto de não comentar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado. A recomendação era de silêncio até a conclusão do processo, para evitar qualquer acusação de interferência ou narrativa de vitimização do bolsonarismo. Com informações do blog de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Apesar disso, Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Luiz Marinho (Trabalho), Margareth Menezes (Cultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Fernando Haddad (Economia), Rui Costa (Casa Civil) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) se pronunciaram direta ou indiretamente sobre o julgamento, que envolve Jair Bolsonaro e outros sete réus.

Alguns ministros limitaram-se a reproduzir conteúdos, como Gleisi e Margareth, que compartilharam matérias relacionadas ao processo no STF. Já Luiz Marinho foi mais incisivo em suas redes sociais. “O já inelegível Bolsonaro, no julgamento dos golpistas, sendo tratado como deve ser: líder de organização criminosa”, escreveu o ministro do Trabalho.

Fernando Haddad recuperou uma entrevista concedida em fevereiro deste ano, na qual afirmou que a tentativa de golpe frustrada liderada por Bolsonaro foi uma prova da resistência das instituições democráticas. Segundo o ministro da Fazenda, essa avaliação permanece válida diante do julgamento que ocorre agora.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também se manifestou, posicionando-se contra qualquer proposta de anistia aos envolvidos nos atos golpistas. Márcio Macêdo, por sua vez, publicou um vídeo em que Bolsonaro aparece prestando continência à bandeira dos Estados Unidos e escreveu: “a nossa soberania não se negocia!”, acompanhado de imagens do presidente Lula.

Paulo Teixeira também se somou às manifestações. Embora de forma menos direta, o ministro do Desenvolvimento Agrário fez publicações relacionadas ao processo em andamento, reforçando que parte significativa da equipe de Lula resolveu se posicionar mesmo diante da recomendação inicial de silêncio.

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