
Na última sexta-feira (5), uma tragédia chocou o Distrito Federal: a cabo Maria de Lourdes Freire Matos, de 25 anos, foi encontrada carbonizada dentro do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), localizado no Setor Militar Urbano, na região do Cruzeiro. A vítima, militar do Exército, foi assassinada em circunstâncias brutalmente violentas, e o suspeito é o soldado Kelvin Barros a Silva, de 21 anos, que confessou o crime. O caso está sendo investigado como feminicídio.
De acordo com o delegado da Polícia Civil, Paulo Noritika, o soldado afirmou que havia mantido um relacionamento com a vítima e que a discussão que resultou no homicídio ocorreu no dia do crime. A motivação teria sido uma tentativa da cabo de forçar o soldado a terminar com sua namorada. A versão do suspeito indica que, durante a briga, Maria de Lourdes sacou sua arma de fogo, e, em uma luta física, o soldado conseguiu tomar a faca da militar e a golpeou no pescoço.
Após cometer o crime, Kelvin Barros teria jogado álcool no local e ateado fogo no corpo da vítima, resultando em sua carbonização. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal foi acionado para combater o incêndio às 16h06. Durante o resfriamento dos materiais queimados, os socorristas encontraram o corpo de Maria de Lourdes, confirmando as suspeitas de assassinato.
A vítima, além de ser militar, era saxofonista e estava no Exército há apenas cinco meses. O crime foi registrado em uma das instalações militares mais importantes do Distrito Federal, o que chamou ainda mais atenção para a gravidade do feminicídio dentro de um ambiente controlado como o quartel.

O Exército Brasileiro, por meio de nota, informou que foi instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias do incêndio e do assassinato de Maria de Lourdes. O soldado Kelvin Barros está preso no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, onde aguarda as próximas etapas da investigação. Segundo a Força, ele deverá ser excluído do Exército.
Em uma nota oficial, o Exército lamentou profundamente a perda da cabo Maria de Lourdes e se comprometeu a punir com rigor os responsáveis por qualquer ato criminoso, reafirmando seu compromisso com a segurança e a integridade de seus membros. A morte de Maria de Lourdes, que ocorreu em um ambiente militar, gerou indignação e demandou uma resposta imediata das autoridades competentes.
O caso levanta questões sobre a violência de gênero dentro das forças armadas, além de refletir a importância de um processo de investigação rigoroso para garantir que o responsável seja punido de forma justa. A Polícia Civil do Distrito Federal segue com as apurações, e o IPM está sendo conduzido para esclarecer todos os detalhes do assassinato.
O feminicídio de Maria de Lourdes Freire Matos representa uma perda trágica e ressalta a necessidade urgente de medidas eficazes para combater a violência doméstica e de gênero, especialmente em ambientes que, por sua natureza, deveriam zelar pela segurança e bem-estar de seus membros.


