
Além de Alexandre de Moraes, outros sete ministros do Supremo Tribunal Federal terão seus vistos de entrada nos Estados Unidos revogados pelo governo de Donald Trump.
A decisão, que também atinge familiares próximos, inclui Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
Os magistrados, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo, são os “aliados no tribunal”, frase mencionada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, no post feito nesta sexta-feira (18), onde anunciou a medida contra Moraes.
.@POTUS made clear that his administration will hold accountable foreign nationals who are responsible for censorship of protected expression in the United States. Brazilian Supreme Federal Court Justice Alexandre de Moraes’s political witch hunt against Jair Bolsonaro created a…
— Secretary Marco Rubio (@SecRubio) July 18, 2025
Segundo Rubio, a medida tem efeito imediato e foi tomada em resposta ao que ele classificou como uma “caça às bruxas política” conduzida pelo magistrado contra Jair Bolsonaro.

“Essa perseguição criou um complexo de censura tão abrangente que atinge não apenas os brasileiros, mas também os americanos”, escreveu. Ainda de acordo com o político, Trump quer responsabilizar autoridades estrangeiras acusadas de, supostamente, violar a liberdade de expressão.
Apenas os ministros André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques ficarariam de fora das sanções impostas pelo governo dos EUA.
A revogação do visto de Moraes ocorre no mesmo dia em que ele determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro, além de restrições como recolhimento domiciliar noturno e proibição de contato com diplomatas e outros investigados.
A decisão judicial foi baseada em pedido da Procuradoria-Geral da República, que apontou risco de fuga e articulação internacional para influenciar o Judiciário brasileiro.