
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) indicou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como seu candidato à Presidência da República nas eleições de 2026, em uma chapa que teria a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como vice, segundo a Revista Oeste.
A escolha pela dupla ocorreu na semana passada, durante uma conversa do ex-chefe do Executivo com o deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara. Tarcísio também é o nome preferido de partidos do Centrão, como PP, União Brasil e Republicanos.
No entanto, em entrevista a jornalistas na última quinta-feira (25), o próprio governador de São Paulo negou que tenha recebido qualquer indicação de Bolsonaro para uma candidatura nacional. “Não deu aval nenhum e eu sou candidato à reeleição, não tem nada disso”, afirmou Tarcísio, reafirmando seu compromisso com a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O governador acredita que a reeleição é certa e lhe daria condições necessárias para concluir obras importantes no estado.
A negativa de Tarcísio ocorre em um cenário político complexo. O PSD, um dos partidos que integram o centrão, decidiu escolher o governador do Paraná, Ratinho Junior, como seu próprio presidenciável, deixando incerta a formação de uma chapa unificada da oposição.
Diante da fragmentação, Tarcísio não descarta a possibilidade de apoiar Ratinho Junior caso Bolsonaro não manifeste apoio a nenhum outro candidato.

O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, saiu em defesa de Tarcísio em suas redes sociais, buscando acalmar os ânimos no campo bolsonarista.
“Aviso aos navegantes que Tarcísio, além de amigo, é uma pessoa preparadíssima, competente e não precisa ficar provando nada a ninguém toda hora, em especial sobre sua lealdade a Bolsonaro. Não conseguirão separá-lo de Bolsonaro e tenham a convicção de que estaremos juntos em 2026, para desespero da extrema-esquerda, que deve morrer de inveja de não ter um Tarcísio em seus quadros”, declarou.
Tarcísio confirmou que visitará Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, na próxima segunda-feira (29). No entanto, foi enfático ao negar que a motivação do encontro seja política ou envolva discussões sobre anistia. “Eu vou visitar um amigo e prestar solidariedade a ele é uma coisa que eu vou fazer sempre, porque tenho preocupação e consideração com uma pessoa que sempre foi muito importante para mim”.