A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) permanece detida na prisão de Ketziot, no deserto do Negev, após a interceptação da flotilha humanitária por forças israelenses em águas internacionais. A embarcação transportava alimentos e medicamentos destinados à população palestina em Gaza.
De acordo com informações repassadas pela advogada que acompanha a delegação brasileira, Luizianne se recusou a assinar o documento de deportação acelerada apresentado pelas autoridades israelenses. A parlamentar considerou o texto abusivo e decidiu permanecer em solidariedade aos demais brasileiros detidos que também rejeitaram o procedimento.
Segundo o comunicado divulgado por sua assessoria, há relatos de que parte do grupo estaria sendo privada de água, alimentos e medicamentos, o que violaria normas internacionais de direitos humanos e o direito humanitário, que garante proteção a missões civis e de ajuda humanitária.
As audiências judiciais para análise das ordens de detenção ocorrem neste sábado (4/10), e a equipe da deputada acompanha o caso à espera das decisões do tribunal israelense.
De forma ilegal e autoritária, as forças armadas de Israel sequestraram a Deputada Federal brasileira Luizianne Lins, juntamente com demais participantes da missão humanitária que levava alimentos e medicamentos à população de Gaza.
A Missão, que se encheu de esperança nos… pic.twitter.com/91SrcBs4GU
— Luizianne Lins (@LuizianneLinsPT) October 1, 2025
A nota da assessoria reforça o pedido para que o governo de Israel liberte imediatamente as brasileiras e os brasileiros detidos, e afirma que novas informações serão divulgadas conforme o andamento do caso.
COMUNICADO
Brasília, 3 de outubro de 2025 – A deputada federal Luizianne Lins permanece incomunicável há mais de 40 horas, desde a abordagem ilegal feita pela Marinha de Israel em águas internacionais, durante a iniciativa humanitária que levava alimentos, medicamentos e…
— Luizianne Lins (@LuizianneLinsPT) October 3, 2025
