
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) teria recebido uma “sacola de dinheiro” enviada por Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, apontados como líderes do PCC, segundo reportagem do ICL Notícias, publicada na noite deste domingo (31), relata que o
Os dois são citados no escândalo financeiro ligado à Faria Lima revelado após a Operação Carbono Oculto da Polícia Federal, deflagrada em 28 de agosto de 2025. Ciro foi ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro (PL).
Uma testemunha afirmou em depoimento que a sacola se destinava ao senador. “Sim, ele falou que [a sacola com dinheiro] era para o Ciro Nogueira. Eles estavam indo encontrar o Ciro, em posse dessa sacola”, disse o depoente, de acordo com a reportagem assinada por Leandro Demori e Cesar Calejon.
A testemunha descreveu o objeto como “uma sacola de papelão” e “grampeada”, “de uma largura compatível com o tamanho de uma cédula”. Conforme o relato, o episódio teria ocorrido em agosto de 2024. O conteúdo foi apresentado às autoridades em depoimento.

A propina estaria relacionada à defesa dos interesses dos suspeitos junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a projetos de lei que tramitam no Senado. A Operação Carbono Oculto investiga fraudes no setor de combustíveis e movimentações financeiras conectadas a integrantes do PCC.
Ciro Nogueira, presidente nacional do PP e cotado como possível vice na chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a eleição presidencial de 2026, respondeu por meio de ofício encaminhado ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. No documento, chamou o ICL de “site de pistoleiros” e informou que colocará seus sigilos à disposição da Justiça.
O senador também afirmou que disponibilizará os registros de entrada e saída do gabinete no Senado referentes ao período citado, com o objetivo de contestar a narrativa.