
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), fez uma postagem em seu perfil no X no fim da noite desta quinta-feira (17) em resposta às declarações da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sobre o projeto de lei conhecido como PL da Dosimetria, aprovado pelo Senado Federal no mesmo dia.
Na publicação, Wagner escreveu: “Lamentável é nos rendermos ao debate raso e superficial. É despachar divergências de governo por rede social”. A mensagem foi interpretada como reação direta às críticas feitas por Gleisi à condução do projeto no Congresso.
Mais cedo, também nesta quarta-feira (17), Gleisi afirmou que o projeto aprovado pelos senadores reduz penas e flexibiliza regras para os golpistas do 8 de janeiro, o que, segundo ela, representa desrespeito a decisões do Supremo Tribunal Federal. A ministra vinculou a votação a entendimentos já firmados pela Corte.
Lamentável é nos rendermos ao debate raso e superficial. É despachar divergências de governo por rede social.
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) December 18, 2025
Em publicação anterior nas redes sociais, Gleisi havia dito: “A redução das penas de Jair Bolsonaro e demais golpistas, aprovada agora à noite no Senado, é um desrespeito à decisão do STF e um grave retrocesso na legislação que protege a democracia”.
Na mesma manifestação, a ministra também criticou a condução do tema dentro do Congresso Nacional. Segundo ela, “a condução desse tema pela liderança do governo no Senado na CCJ foi um erro lamentável, contrariando a orientação do governo que desde o início foi contrária à proposta”.
A redução das penas de Jair Bolsonaro e demais golpistas, aprovada agora à noite no Senado, é um desrespeito à decisão do STF e um grave retrocesso na legislação que protege a democracia. A condução desse tema pela liderança do governo no Senado na CCJ foi um erro lamentável,…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) December 18, 2025
O projeto foi relatado e levado adiante na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde Wagner atua como líder do governo. A aprovação ocorreu após articulações internas que evitaram o retorno do texto à Câmara dos Deputados.
A troca pública de manifestações ocorreu após a conclusão da votação no Senado e ganhou repercussão nas redes sociais e no meio político, evidenciando divergências públicas entre integrantes do governo federal sobre o tratamento legislativo do tema..



