POLÍTICA

Incômodo e protestos: A nova rotina no condomínio de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa. Foto: Gabriela Biló/Folhapress

A rotina dos moradores do condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, mudou desde que a Justiça determinou medidas de monitoramento. Vizinhos relatam tanto incômodo quanto sensação de segurança reforçada após a presença constante de policiais no local.

Uma moradora, que preferiu não se identificar, afirmou estar desconfortável com a exposição causada pela presença de Bolsonaro. “De minha parte, preferiria que nosso condomínio não estivesse no olho do furacão”, disse. Segundo ela, manifestações na portaria chegaram a alterar o trânsito e aumentar a sensação de insegurança.

Outro vizinho, por sua vez, descreveu o ex-presidente como “um bom vizinho” e lembrou que, antes da prisão domiciliar, Bolsonaro circulava normalmente pelo condomínio. “Ele é na dele. Ia à padaria, andava pelo condomínio, parece ter uma vida normal. Não é uma pessoa pomposa”, afirmou. Esse morador destacou ainda que está “adorando tanta polícia” e considera o local “o mais seguro de Brasília”.

Fachada Solar de Brasília. Foto: Reprodução

O reforço de vigilância foi ampliado neste sábado (30), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou vistorias em veículos que deixam a residência e monitoramento extra na área externa, devido à existência de pontos cegos. Policiais penais passaram a atuar no local sem uniforme e sem armas aparentes, para reduzir tensões.

O condomínio Solar de Brasília fica na região do Jardim Botânico e conta com 1.258 lotes, áreas de lazer, pistas de caminhada, ciclovias e igrejas. Desde o início da prisão domiciliar, algumas áreas comuns foram restringidas para Bolsonaro. A administração chegou a emitir notas aos moradores sobre o uso de drones e boatos envolvendo o ex-presidente.

Bolsonaro está em prisão domiciliar por ordem de Moraes em um inquérito que investiga suspeita de coação a autoridades ligadas ao processo sobre tentativa de golpe de Estado. O julgamento criminal do ex-presidente e de outros sete réus começará em 2 de setembro no STF.

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