POLÍTICA

Hugo Motta sinaliza disposição para votar corte do ‘Bolsa Milionário’

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou disposição de colocar em votação o ‘Bolsa Milionário’ — projeto que revê isenções e renúncias fiscais, com meta de reduzir todos os benefícios em até 10%. A proposta, articulada pelo presidente da Comissão de Finanças e Tributação, Rogério Correia (PT-MG), faz parte da estratégia do governo de reforçar a arrecadação e equilibrar o orçamento diante das perdas provocadas pela derrubada da MP do IOF.

Correia afirmou ao ICL Notícias que já conversava com Motta desde o início do ano, quando o deputado ainda disputava a presidência da Câmara.

“Desde que ele ainda era candidato, já tinha expressado a opinião de que isso podia resolver muito da questão das finanças e do orçamento no Brasil”, afirmou Correia.

Segundo o parlamentar, Motta aguardava o desfecho das discussões sobre o imposto de renda e a MP do IOF para retomar a pauta da revisão das renúncias fiscais.

“Depois que eu fui eleito presidente da Comissão de Finanças e Tributação, nós conversamos sobre o assunto. Ele estava esperando uma oportunidade de terminar a parte do imposto de renda e também da medida provisória do IOF, que acabou não sendo não para retomar essa pauta da renúncia fiscal”, afirmou Correia.

Hugo Motta sinaliza disposição para votar corte do ‘Bolsa Milionário’

Presidente da Câmara, Hugo Motta

Hugo Motta e as pautas da Câmara

O projeto, segundo o deputado, pode garantir entre R$ 30 e R$ 40 bilhões em arrecadação adicional já no próximo ano, especialmente se somado à tributação das apostas eletrônicas. Ele afirmou que a proposta representaria uma contribuição da Câmara para compensar a não votação da MP do IOF e confirmou que Hugo Motta tem interesse em pautá-la.

Nesta semana, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu com Hugo Motta e admitiu que a liberação de emendas e o corte nas isenções são temas interligados. Segundo fontes do Planalto, a ministra reconheceu que o orçamento está comprometido com a recomposição de receitas após a MP do IOF e que será necessário avaliar o calendário de liberação de emendas para garantir sustentação política às votações.

Por outro lado, líderes do Centrão reforçaram que só votarão o corte das isenções fiscais se houver liberação efetiva de emendas, o que mantém o impasse entre a pauta fiscal e a execução orçamentária.

Nos bastidores, membros da articulação política do Palácio do Planalto confirmam que o governo busca liberação parcial de emendas para recuperar apoio no plenário e viabilizar a votação dos projetos da reforma tributária. O sucesso da revisão das renúncias depende, segundo eles, da coordenação entre política fiscal e articulação parlamentar. Com ICL Notícias

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