
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), firmou um contrato com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para aprimorar a imagem institucional da Casa. O acordo, no valor total de R$ 4,9 milhões e com vigência até agosto de 2026, já teve R$ 944 mil empenhados, segundo informações do G1, confirmadas pelo Metrópoles.
Conforme o documento, o objetivo é a “prestação de serviços de consultoria técnica para modernização da comunicação por mídias digitais da Câmara dos Deputados”. A proposta da FGV foi apresentada em agosto, e o contrato foi oficialmente assinado em 3 de outubro.
Uma parte do projeto é dedicada exclusivamente à estratégia de comunicação nas redes sociais, medida que ocorre após sucessivas crises de imagem da Câmara, como as polêmicas envolvendo o IOF e a PEC da Blindagem.
De acordo com o contrato, a FGV deverá entregar relatórios e estudos à Diretoria-Executiva de Comunicação e Mídias Digitais da Câmara, divididos em quatro módulos:
Módulo 1 – Governança, fluxos e processos: inclui diagnóstico institucional, mapeamento de práticas e fluxos, criação de diretrizes estratégicas e de um modelo de governança, capacitação por meio de oficinas e mentorias, além da elaboração de um manual técnico para mídias digitais.
Módulo 2 – Monitoramento e inteligência da informação: prevê a criação de um sistema de classificação semântico-discursiva, produção de relatórios analíticos com recomendações estratégicas, aprimoramento do Laboratório de Monitoramento Digital e capacitação da equipe para leitura e interpretação crítica de dados.
Módulo 3 – Planejamento, conteúdo e linguagem: contempla diagnóstico editorial, definição de parâmetros estratégicos de comunicação, elaboração de guias técnicos para produção de conteúdo e a criação de um Laboratório de Inteligência Artificial Aplicada à Comunicação, voltado ao apoio na produção e monitoramento de materiais.
Módulo 4 – Audiovisual: inclui a criação de um Laboratório Audiovisual para produção de vídeos institucionais, podcasts e videocasts em formatos multiplataforma, desenvolvimento de protocolos técnicos para plataformas como Reels, YouTube Shorts e TikTok, além de oficinas e mentorias sobre captação, edição e direção de imagem.
O cronograma prevê um mês inicial de ambientação e, em seguida, dez meses de execução simultânea dos quatro módulos. Ao longo desse período, a FGV deverá entregar um planejamento inicial e nove relatórios técnicos detalhando o andamento e os resultados do projeto.