
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou Estado de Rebelião Externa em toda a Venezuela na terça-feira (23/09), no contexto da hostilidade dos Estados Unidos e da ameaça de intervenção.
O presidente afirmou que o decreto constitucional visa garantir que “toda a nação, toda a república, todas as instituições, cada homem e mulher, cidadão deste país, tenham o apoio, a proteção e a ativação de toda a força da sociedade venezuelana para responder às ameaças ou, se necessário, a qualquer ataque contra a Venezuela”.
O chefe de Estado também afirmou que os venezuelanos “estão unidos e têm o direito de lutar por nossa soberania”, que está sendo ameaçada pelo governo Donald Trump.
“A Venezuela nunca será humilhada por nenhum império”, enfatizou o dignitário, ao mesmo tempo em que especificou que os poderes públicos devem ser intensamente acionados para estar à altura das circunstâncias.
Lembrando que o povo venezuelano rejeita as ameaças imperiais, ele insistiu que as descreve como repreensíveis e grosseiras e “está disposto a defender o direito da Venezuela à paz“.
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Neste mesmo contexto, ele reconheceu a manifestação autoconvocada do povo da Grande Caracas, que se mobilizou desde as primeiras horas.
“Quanto mais agressões e ameaças imperiais são lançadas sobre a Venezuela, mais fervor e paixão vemos lá”, disse Maduro.
Por sua vez, a vice-presidenta executiva Delcy Rodríguez afirmou que “na unidade nacional, o que o povo venezuelano demonstrou, respondendo aos apelos que vocês fizeram para se alistar na Milícia Bolivariana (…)” é que “todo o povo estará preparado para defender a Pátria com o alto nível de consciência que a Venezuela demonstra hoje”.
“E ele continua dando exemplo ao mundo com muita paciência, com muita parcimônia, mas com imensa dignidade e enorme determinação, infinita lealdade ao legado histórico do nosso Libertador Simón Bolívar, do nosso Exército Libertador”, disse Rodríguez.
Este decreto é uma das ações tomadas pela Venezuela para enfrentar a agressão dos Estados Unidos, que deslocou seus navios militares pelo Mar do Caribe há mais de um mês.
Por meio das normas legais mencionadas, é concedido caráter jurídico às ações que o Governo Bolivariano tomará em caso de um possível ataque militar dos Estados Unidos contra a soberania venezuelana.
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