
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (14) que os cortes no Orçamento poderão ultrapassar R$ 7 bilhões em emendas parlamentares, após a rejeição da Medida Provisória que previa aumento de impostos como alternativa ao IOF. A derrubada da MP aumenta a pressão sobre o governo, que deverá cobrir um rombo fiscal estimado em R$ 46 bilhões em dois anos. A medida integrava o pacote de ajuste fiscal da equipe econômica para assegurar receitas e o cumprimento do novo arcabouço fiscal.
Impacto nas emendas parlamentares
Questionado sobre os valores, Haddad afirmou que os cortes podem ser ainda maiores do que o previsto inicialmente. Depende do cenário, tem cenários em que o orçamento fica preservado. Pode ser até mais dependendo do cenário (em resposta à previsão de corte de cerca de R$ 7,1 bilhões em emendas) — disse o ministro, ao ser questionado sobre quanto o governo deve cortar em razão da não aprovação da medida, de acordo com O Globo.
Na semana passada, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, havia projetado que a perda da MP resultaria em cortes entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões nas emendas deste ano. Atualmente, a previsão orçamentária para emendas parlamentares é de R$ 52,9 bilhões.
Alternativas em análise pela Fazenda
Entre as medidas avaliadas para recompor parte da arrecadação estão a limitação do uso de créditos tributários, o aumento da tributação sobre casas de apostas e ajustes no IOF por decreto. Haddad reforçou que o objetivo é preservar o equilíbrio das contas públicas sem abrir mão das políticas sociais. “Estamos trabalhando para manter o compromisso com a responsabilidade fiscal e social”, afirmou.
Próximos passos do governo
Nas próximas semanas, o Planalto deve definir quais medidas serão priorizadas para viabilizar o Orçamento de 2026. A equipe econômica avalia quais ajustes terão maior impacto para recompor as perdas e garantir a execução das metas do arcabouço fiscal. Com Brasil 247