POLÍTICA

Flávio pede pena de morte por corrupção, mas ignora INSS no governo Bolsonaro

Jair e Flávio Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sugeriu em redes sociais que crimes de corrupção no Brasil sejam punidos com pena de morte. A declaração ocorreu após ele repercutir a notícia sobre a condenação do ex-ministro da Agricultura da China, Tang Renjian, executado por corrupção passiva no âmbito da campanha anticorrupção do governo Xi Jinping.

Tang foi acusado de receber mais de 268 milhões de yuans (cerca de R$ 201 milhões), em troca de favorecimentos em contratos públicos. O caso foi usado por Flávio como exemplo para criticar a gestão do presidente Lula, a quem associou práticas de corrupção.

O senador também relembrou que Lula afirmou recentemente que receberia um emissário do governo chinês para discutir a regulamentação das redes sociais no Brasil. Em tom irônico, Flávio sugeriu que o governo federal convidasse um representante da China especializado em combate à corrupção.

“Depois de chamar um especialista em censura chinês para ‘regular’ as redes sociais brasileiras, Lula poderia chamar esse especialista em combate à corrupção da China para ver algumas coisinhas aqui no governo dele no Brasil”, escreveu o parlamentar no X.

Na mesma publicação, Flávio apontou o INSS como alvo inicial de uma suposta fiscalização, associando as fraudes descobertas na previdência ao atual governo. “O especialista chinês poderia começar com o INSS de Lula”, ironizou o senador.

Vale lembrar que as investigações conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF), no entanto, apontam que os desvios no INSS ocorreram entre 2019 e 2024. Ou seja, os crimes investigados atravessam tanto a gestão atual quanto o período em que o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu pai, ocupava a Presidência.

Segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), Bolsonaro recebeu informações sobre “desvios, fraudes e irregularidades com o dinheiro público dentro do INSS” durante a transição de governo, ainda em 2018.

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