O Ministério da Fazenda afirmou neste sábado (19) que o governo Lula (PT) não está considerando o controle de dividendos como forma de retaliação contra os Estados Unidos, mesmo que não avancem as negociações para reverter a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump.
“O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nega que o governo brasileiro esteja avaliando a adoção de medidas mais rigorosas de controle sobre os dividendos como forma de retaliação às taxas adotadas pelos Estados Unidos e reafirma que essa possibilidade não está em consideração”, disse o ministério em nota.
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nega que o governo brasileiro esteja avaliando a adoção de medidas mais rigorosas de controle sobre os dividendos como forma de retaliação às taxas adotadas pelos Estados Unidos e reafirma que essa possibilidade não está em consideração.
— Ministério da Fazenda (@MinFazenda) July 19, 2025
No entanto, o Planalto sinaliza que o Brasil não aceitará passivamente as ofensivas de Trump e de sua base internacional de extrema direita, que têm como alvo não apenas o governo Lula, mas também o STF e a democracia brasileira.
Na última quinta-feira (17), Lula se referiu ao tarifaço como “chantagem inaceitável”, voltou a dizer que está disposto a negociar, mas pode retaliar, e mencionou a possibilidade de taxar as big techs — lembrando que uma das justificativas dadas por Trump para a sobretaxa foi o tratamento dado às gigantes de tecnologia americanas.
“E eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais”, disse o petista, em Goiânia.
“Nós não aceitamos que, em nome da liberdade de expressão, vocês fiquem utilizando para fazer agressão, para fazer mentira, para prejudicar, violência contra criança, ódio entre as crianças, violência contra as mulheres, violência contra os negros, violência contra LGBTQIA+. Ou seja, tudo quanto é tipo de violência.”
