
Emissários dos Estados Unidos informaram ao governo brasileiro que esperam uma demonstração de boa vontade para negociar a exclusão de mais produtos do “tarifaço” imposto por Donald Trump. O gesto desejado seria uma visita do vice-presidente Geraldo Alckmin ou, ao menos, de seu secretário-executivo, Marcio Elias, conforme informações da colunista Raquel Landim, do UOL.
Apesar do pedido, os norte-americanos ainda não indicaram um interlocutor direto para tratar do tema e deixaram claro que não pretendem recuar na pressão política exercida sobre o Brasil, especialmente após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.
A posição do governo brasileiro, segundo fontes próximas às tratativas, é firme: “não é possível negociar soberania”.

Os EUA demonstraram interesse em retirar da tarifa de 50% produtos como carnes, pescados, café e manga — itens que não são produzidos internamente em grande escala ou estão em falta no mercado norte-americano. No caso das carnes, redes de fast food têm pressionado o governo Trump por conta do aumento dos custos.
Mesmo com a possibilidade de alívio tarifário, os representantes de Washington deixaram claro que só tomariam essa medida após a visita de Alckmin. Além disso, avisaram que a pressão política não apenas continuará, como pode ser intensificada.