
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (7) o aumento para US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões) da recompensa por informações que levem à prisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Washington acusa o líder chavista de colaborar com organizações ligadas ao narcotráfico e de enfraquecer a democracia no país, com informações da AFP.
A procuradora-geral Pam Bondi afirmou que Maduro é “um dos maiores narcotraficantes do mundo” e representa “uma ameaça à segurança nacional”. Segundo ela, o presidente venezuelano teria relações com grupos como o Tren de Aragua, o cartel de Sinaloa e o Cartel dos Soles para introduzir drogas nos EUA. A DEA diz ter apreendido 30 toneladas de cocaína vinculadas a Maduro e aliados, sendo quase sete toneladas relacionadas diretamente ao chefe de Estado.
Bondi acrescentou que a cocaína costuma estar misturada com fentanil, agravando a crise de opioides no país. O Departamento de Justiça informou que já confiscou mais de US$ 700 milhões em ativos ligados a Maduro, incluindo dois jatos, nove veículos e outros bens.

O secretário de Estado Marco Rubio afirmou que, desde 2018, Maduro “estrangulou a democracia” e que os EUA não reconhecem sua reeleição em 2024, considerada fraudulenta. Washington mantém o opositor Edmundo González Urrutia como presidente legítimo da Venezuela.
Em resposta, o chanceler venezuelano Yván Gil classificou a recompensa como “cortina de fumaça” e “propaganda política grosseira”. Ele disse que a dignidade do país “não está à venda” e criticou a iniciativa norte-americana como uma tentativa desesperada de desviar a atenção de problemas internos.
EUA e Venezuela não mantêm relações diplomáticas desde 2017. A acusação formal contra Maduro por narcoterrorismo foi apresentada em 2020, com uma recompensa inicial de US$ 15 milhões. O valor foi aumentado para US$ 25 milhões no governo Biden e agora atinge US$ 50 milhões sob a gestão de Donald Trump.
EUA oferecem US$ 50 milhões por informações que levem à prisão de Maduro; Veja comunicado.
“Ele é um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos”, disse Pamela Bondi, procuradora-geral dos EUA.
Tradução: @SamPancher pic.twitter.com/4yFOqWgVvx
— Metrópoles (@Metropoles) August 7, 2025