
Líderes do Centrão evitaram manifestar apoio imediato à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) após o encontro realizado na casa do senador em Brasília nesta segunda-feira (8). Mesmo presentes na reunião, os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antonio Rueda, disseram que irão consultar suas bancadas antes de qualquer decisão. Com informações do Metrópoles.
Segundo o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), Flávio apresentou as condições de sua campanha e pediu unidade do bloco.
“O senador Flávio colocou as condições da sua campanha, da sua candidatura, a necessidade de estarmos juntos e o que pretende apresentar como projeto de país. Tanto o Ciro quanto o Rueda, que representam hoje uma federação por vir, foram muito receptivos e vão conversar com seus partidos para tomar uma decisão”, declarou Marinho.
Os líderes do Centrão não sinalizaram apoio imediato à pré-candidatura de Flávio. Segundo Marinho, “a definição [sobre a candidatura] não foi comunicada com antecedência aos partidos aliados, àqueles que estão dentro do mesmo projeto”.
O encontro contou com a presença do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, além dos líderes da federação União Progressista.
Desde que anunciou, na sexta-feira (5), que substituiria o pai como nome do grupo político para 2026, Flávio tenta consolidar apoio no centro. No entanto, dirigentes do Centrão consideram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mais viável eleitoralmente e reagiram mal ao pedido de Flávio por anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e a Jair Bolsonaro.
Declaração do “preço” aumenta a desconfiança
A desconfiança cresceu no domingo (7), quando Flávio afirmou, após um culto evangélico, que teria um “preço” para desistir da disputa, o que deu contornos de blefe à movimentação.
Horas depois, o senador voltou atrás, disse que a candidatura seguiria e que só deixaria a disputa se fosse para dar lugar ao pai, que está preso e impedido de concorrer.






