POLÍTICA

Eduardo celebra sanção dos EUA e chantageia Congresso como porta-voz de Trump

Eduardo Bolsonaro, que fugiu para os EUA. Foto: reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta quarta-feira (30) sobre a decisão do governo estadunidense de aplicar a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação nas redes sociais, o parlamentar, que fugiu para os Estados Unidos em março, defendeu uma “anistia ampla, geral e irrestrita” no Brasil, sem mencionar diretamente seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Chegou a hora do Congresso agir. A anistia ampla, geral e irrestrita é urgente para restaurar a paz, devolver a liberdade aos perseguidos e mostrar ao mundo que o Brasil ainda acredita na democracia”, afirmou Eduardo na publicação classificada como “nota à imprensa”.

O deputado vem articulando junto ao governo de Donald Trump medidas contra Moraes, que é relator do processo em que Jair Bolsonaro responde por tentativa de golpe de Estado.

Em outra publicação, Eduardo também fez referência às tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros, que entram em vigor nesta sexta-feira (1º).

“A Tarifa-Moraes, de 50%, é só um sintoma do que se tornou o país: isolado e em conflito com seus próprios cidadãos. Precisamos reconstruir pontes, não muros. Não se trata de vingança, mas de justiça. Não se trata de política, mas de dignidade. É hora de virar a página, JUNTOS!”, escreveu.

O parlamentar também compartilhou uma imagem gerada por inteligência artificial mostrando um porta-aviões estadunidense no Lago Paranoá, em Brasília, ao lado do Congresso Nacional, com a legenda “o porta-aviões chegou ao Lago Paranoá”.

A publicação faz alusão a declarações dadas por Alexandre de Moraes em entrevista ao The New Yorker em abril, quando o ministro minimizou as ações judiciais contra ele nos EUA: “podem instaurar processos, podem pôr o Trump a falar”, disse na ocasião, completando “se enviarem um porta-aviões, então veremos. Se o porta-aviões não chegar ao Lago Paranoá, não vai influenciar a decisão aqui no Brasil”.

As sanções anunciadas hoje pelo governo Trump incluem o congelamento de quaisquer bens que Moraes tenha nos EUA, cancelamento de visto e restrições financeiras. A medida foi justificada pelo secretário de Estado Marco Rubio como resposta a “graves violações de direitos humanos” atribuídas ao ministro do STF.

 

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