POLÍTICA

Eduardo Bolsonaro tenta capitalizar em cima de recuo de Trump

Eduardo Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Foto: reprodução

Eduardo Bolsonaro voltou a agir como agente dos interesses dos Estados Unidos e da própria família em detrimento da soberania brasileira. Em publicação nas redes, o deputado federal admitiu ter atuado diretamente para influenciar o governo de Donald Trump a aplicar sanções ao Brasil, mirando o ministro Alexandre de Moraes. O parlamentar celebrou a “Ordem Executiva” assinada por Trump, que impõe punições a autoridades brasileiras, e classificou as medidas como “legítimas”, mesmo reconhecendo seu caráter político.

Ao invés de defender o país no cenário internacional, Eduardo atua abertamente como lobista estrangeiro. Segundo suas próprias palavras, trabalhou para que as sanções fossem “melhor direcionadas”, atingindo diretamente o Supremo Tribunal Federal e preservando setores aliados, como o agronegócio. O discurso deixa explícita sua prioridade: blindar aliados econômicos e golpear adversários políticos, mesmo que isso custe a imagem e os interesses do Brasil no exterior.

Eduardo ainda tenta inverter os papéis ao acusar Moraes e o STF de serem os responsáveis pela “destruição do Estado de Direito”, ignorando os ataques promovidos pelo seu pai ao sistema democrático, amplamente documentados e denunciados por diversas instituições brasileiras e internacionais. Em sua lógica distorcida, os responsáveis por investigar e julgar crimes antidemocráticos é que devem ser punidos por “repressão política”.

A menção à Lei Magnitsky, ferramenta legal dos EUA para punir violações de direitos humanos, revela a gravidade da conspiração: Eduardo trabalhou para aplicar contra um ministro do STF uma legislação estrangeira voltada a ditadores e regimes autoritários. É um precedente perigoso, que representa ingerência internacional incentivada por um deputado brasileiro.

Ao comemorar a cassação de vistos de autoridades nacionais e a manutenção de tarifas comerciais apenas para setores que afetam pouco seus aliados, Eduardo age como articulador de um cerco ao Brasil. Não há qualquer compromisso com os interesses do povo ou com a democracia — o único objetivo é beneficiar sua própria família e seus aliados políticos, mesmo que isso implique submissão a um governo estrangeiro.

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