
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode ser preso caso volte ao Brasil. Investigadores afirmam que há material suficiente para indiciá-lo por coação no curso do processo, após sua atuação na articulação internacional contra autoridades brasileiras ao lado do golpista Paulo Figueiredo, conforme informações do blog de Andréia Sadi, do G1.
Em nota publicada na última terça-feira (30), após a confirmação do tarifaço de 50% imposto pelo governo de Donald Trump a produtos brasileiros, o “bananinha” afirmou que a medida era “uma resposta legítima”.
NOTA À IMPRENSA – ORDEM EXECUTIVA S/ TARIFAS
Embora sempre tenhamos priorizado uma ação mais direta contra Alexandre de Moraes e seus apoiadores, verdadeiros responsáveis pela escalada autoritária no Brasil, entendemos que
as tarifas anunciadas há algumas semanas pelo presidente… pic.twitter.com/dXkjdCHt0k— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 30, 2025
Fontes do núcleo bolsonarista relataram que não há sinais de recuo por parte de Eduardo, nem mesmo entre os familiares. A expectativa é de que os ataques continuem e se intensifiquem nas próximas semanas, com recados direcionados a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), agentes da Polícia Federal e outras autoridades envolvidas nos processos contra Bolsonaro.
A movimentação internacional não se resume à defesa pública das tarifas. O grupo pretende obter novas sanções contra o Brasil, piorando o ambiente e inviabilizando qualquer negociação com o governo norte-americano sobre o tarifaço. Investigadores afirmam que essa ofensiva pode configurar tentativa de obstrução da Justiça.
O cenário já era negativo antes da sanção ao ministro Alexandre de Moraes sob a Lei Magnitsky, mas agora se deteriora ainda mais. Eduardo Bolsonaro, que já responde a inquérito por coação no curso do processo no STF, pode ser preso caso entre no território brasileiro.
O mesmo vale para Jair Bolsonaro, que pode passar a responder também por obstrução, além da acusação de tentativa de golpe.
A leitura entre integrantes do governo e da cúpula do Judiciário é que Eduardo e seus aliados tentam tensionar ao máximo a relação institucional para desgastar os julgamentos que envolvem o ex-presidente, mas o movimento pode sair pela culatra e acelerar novas medidas judiciais contra o clã Bolsonaro.