POLÍTICA

Disjuntor, joias e “massas cheirosas”: relembre cinco gafes de Eliane Cantanhêde

Eliane Cantanhêde, ex-jornalista da Globo. Foto: reprodução

A jornalista Eliane Cantanhêde não faz mais parte do time de comentaristas da GloboNews, após 15 anos no canal. A saída, anunciada nesta sexta-feira (1º), foi oficialmente tratada como “em comum acordo”, mas fontes do site TV Pop indicam que a decisão partiu da emissora após uma série de desgastes internos, com destaque para comentários polêmicos feitos durante o programa Em Pauta. Relembre 4 gafes de Cantanhêde:

O disjuntor e a privatização (2021)
Cantanhêde ironizou as “maravilhas das privatizações” ao reclamar da falta de energia em sua residência. A Neoenergia respondeu com provas de que o problema era um simples disjuntor interno desligado: “Nossas equipes estiveram no local às 1h30 da madrugada […] constataram que o disjuntor interno da residência estava desligado”.

A situação ficou ainda mais constrangedora quando a internet lembrou que, em 2017, ela havia defendido a privatização da CEB após ficar 36 horas sem luz.

Passando pano para Tarcísio (2023)
A jornalista gerou polêmica ao defender o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) após ele acusar sem provas que o PCC estaria orientando votos em Guilherme Boulos: “Tarcísio admitiu que foi um erro e que foi falta de malícia, falta de sacada política […] Ele não convocou a entrevista para isso e foi pego de surpresa”.

A declaração soou como justificativa inaceitável para muitos, especialmente porque a Polícia Federal e o TRE desmentiram categoricamente as alegações do governador.

Joias x enchentes (2024)
Em tentativa frustrada de demonstrar empatia com vítimas das enchentes no RS, Cantanhêde comparou seu drama pessoal com a tragédia coletiva: “Roubaram as minhas joias no Natal de 2023. Foi dolorosíssimo. Eu fico imaginando quem perdeu tudo”.

A analogia foi amplamente ridicularizada nas redes sociais, com internautas destacando o privilégio implícito na comparação entre objetos de luxo e a perda de moradias e bens essenciais.

Ciúmes do furo do NYT (2024)
Quando o The New York Times publicou exclusivamente os vídeos de Bolsonaro na embaixada da Hungria, Cantanhêde reagiu com evidente desconforto profissional: “Quem, afinal, ‘vazou’ os vídeos de Bolsonaro na embaixada da Hungria? E por que para o The New York Times?”.

O correspondente Jack Nicas respondeu com ironia à indagação. Ele repostou o tweet da jornalista e deixou o link de uma postagem irônica feita por Juliana Moara: “Não pergunte a um homem seu salário, a uma mulher sua idade, e ao jornalista do NYT onde ele conseguiu as imagens das câmeras de segurança da embaixada da Hungria”.

Massas cheirosas

Durante a cobertura do lançamento da candidatura de José Serra à Presidência pelo PSDB, em Brasília, a jornalista Eliane Cantanhêde, então na Folha de S.Paulo, cunhou a expressão “massa cheirosa” para se referir aos apoiadores do partido.

Ao comentar o perfil do evento, ela contrastou a organização tucana com os encontros do PT, sugerindo que o PSDB reunia uma elite politizada e sofisticada, em oposição a uma base mais popular e ruidosa. “Parece até que o PSDB está virando um partido popular, o partido de massas, mas com vela. PSDB é um partido de massa… de massa cheirosa”, disse, em tom irônico. A frase, dita em 2010, acabou marcando o imaginário político da época, sendo resgatada por críticos como símbolo da postura elitista atribuída ao partido.

 

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