
O advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Martin de Luca, usou as redes sociais nesta segunda (29) para defender o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação no X, ele chamou o magistrado brasileiro de “descarado”.
Segundo De Luca, Moraes estaria criticando Eduardo por se esquivar de um processo criminal aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), enquanto ele próprio não teria respondido a um processo nos Estados Unidos.
“Alexandre de Moraes está reclamando que Eduardo está se esquivando do processo criminal que Moraes abriu contra ele por discurso em solo americano. Incrivelmente descarado, vindo de um homem que vem se esquivando do serviço no caso Rumble contra ele na Flórida há 7 meses”, escreveu.
O americano completou a crítica afirmando que Moraes estaria pressionando instâncias judiciais brasileiras para evitar a citação no processo movido contra ele: “Até hoje, Moraes continua se esquivando da citação. A mais recente é que ele está pressionando o STJ – o tribunal brasileiro que deveria autorizar a citação de Moraes – para não processar o pedido de citação dos EUA”.
Alexandre de Moraes is complaining that @BolsonaroSP is dodging service in the criminal case Moraes started against him for speech on U.S. soil.
Outrageously shameless coming from a man that has been dodging service in the Rumble case against him in Florida for 7 months.
— Martin De Luca (@emd_worldwide) September 29, 2025
As declarações ocorreram no mesmo dia em que Moraes determinou a notificação de Eduardo Bolsonaro sobre a denúncia da PGR que o acusa de coação em processo judicial. O deputado fugiu para os Estados Unidos desde o início do ano e tem atuado para articular sanções contra autoridades brasileiras em resposta às decisões do STF.
Para Moraes, o deputado está tentando evitar “possível responsabilização judicial” e “evadir-se da aplicação da lei penal” ao ficar nos Estados Unidos.
O magistrado é alvo de uma ação movida pela Trump Media & Technology Group e pela plataforma Rumble nos Estados Unidos.