POLÍTICA

Deputados acionam MPT contra Nikolas por campanha de demissões de esquerdistas

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) – Reprodução

Deputados do PSOL protocolaram representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para investigar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Segundo o documento, o parlamentar estaria promovendo uma campanha para pressionar empresas a demitirem funcionários que fizeram postagens críticas ao norte-americano Charlie Kirk, morto no último dia 10. Com informações da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.

A representação é assinada por dez deputados do PSOL e cita publicações do bolsonarista nas redes sociais exigindo que empregadores desliguem trabalhadores. Os parlamentares argumentam que tais práticas configuram abuso de direito e assédio laboral por convicções políticas ou filosóficas, o que fere a Constituição Federal.

Além do deputado, a denúncia também pede investigação contra o empresário Tallis Regence Coelho Gomes, que colabora na divulgação da hashtag “DemitaExtremistas”. Para os autores da ação, trata-se de uma campanha orquestrada pela extrema direita para perseguir trabalhadores em razão de suas opiniões políticas.

Em publicações recentes, Nikolas Ferreira pediu a demissão de um funcionário do Theatro Municipal de São Paulo e de Zazá Pecego, stylist sênior da revista Vogue Brasil, por postagens interpretadas como comemoração da morte de Kirk. Pecego nega a acusação, mas acabou sendo desligada da empresa na sexta-feira (12). O deputado também celebrou a demissão de um médico em Recife.

Ao ser questionado, o deputado disse que sua resposta à representação dos deputados do PSOL é “mandar eles caçarem um lote para capinar”. Já o empresário Tallis afirmou estar orgulhoso de enfrentar uma ação judicial por, segundo ele, “lutar contra o extremismo”.

Tallis declarou ainda que comemorar assassinatos configura mau procedimento e ato lesivo à honra, o que justificaria demissão por justa causa. Ele defendeu que empresários devem reagir a esse tipo de conduta e questionou os parlamentares se seriam favoráveis à celebração da morte de pessoas inocentes.

Confira o que diz o PSOL:

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