
O deputado federal Reimont (PT-RJ) usou as redes sociais para afirmar que acionou o Conselho Tutelar após a deputada bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) levar a filha bebê para a ocupação do plenário organizada por parlamentares da oposição nesta quarta-feira (6).
“Tal conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional, circunstâncias que contrariam o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, escreveu Reimont no documento enviado ao Conselho Tutelar de Brasília.
Reimont, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, também afirmou que a bolsonarista “ocupou de forma irregular e deliberadamente confrontacional a mesa diretora” da Casa.
URGENTE: acabei de acionar o Conselho Tutelar para tomar as devidas providências contra a deputada Júlia Zanatta que levou a filha bebê para a ocupação irregular da mesa diretora da Câmara. pic.twitter.com/vb3KnnjRCK
— Reimont (@Reimont) August 7, 2025
Zanatta levou sua filha de 4 meses ao plenário e publicou um vídeo nas redes sociais com a bebê sentada na cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). “Estamos aqui, não vamos sair”, disse a parlamentar.
A parlamentar, que antecipou o fim da licença-maternidade para participar da mobilização, justificou o gesto como forma de apresentar a filha a Brasília “em meio ao turbilhão”. Segundo ela, o momento é “injusto e cruel”.
➡ Após antecipar o término de sua licença-maternidade por causa da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, a deputada Julia Zanatta (PL-SC) levou a filha de 4 meses a Brasília para participar da obstrução aos trabalhos na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (5/8).… pic.twitter.com/30qmI40QjX
— Metrópoles (@Metropoles) August 7, 2025
Bolsonaristas passaram a noite no Congresso ocupando as mesas diretoras da Câmara e do Senado. O objetivo era obstruir as atividades legislativas do dia em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) e pressionar para que o projeto de lei que visa anistiar os golpistas do 8 de Janeiro seja pautado, além de pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.