
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão das redes sociais do senador Marcos do Val, o bloqueio de R$ 50 milhões em seus bens e a apreensão de seus passaportes, incluindo o diplomático.
A decisão foi motivada pela viagem do parlamentar aos Estados Unidos sem autorização prévia do STF. No ano passado, a Corte já havia determinado a retenção dos passaportes de Marcos do Val. No entanto, na última quarta-feira (23), o senador embarcou para Miami utilizando um passaporte diplomático que não havia sido entregue à Polícia Federal, descumprindo a ordem judicial.
Marcos do Val é investigado pelo Supremo por suposta campanha de ataques virtuais contra delegados da Polícia Federal responsáveis por apurações envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com informações de seu site oficial, o senador é mestre em Aikido e especialista em resgate de reféns, abordagens táticas e combate em ambientes confinados (CQB). Atua também no planejamento operacional e é fundador do Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (Cati), empresa voltada ao desenvolvimento de métodos de imobilização tática.
À frente do Cati, Do Val passou a prestar consultorias para diversas forças de segurança no Brasil e em outros países, como Estados Unidos, China, França, Espanha, Luxemburgo, Bélgica, Itália, Portugal, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Equador e Colômbia.