POLÍTICA

De olho em 2026, “Direitos Já” convoca mobilização para o Dia da Democracia

 

O grupo suprapartidário “Direitos Já! Fórum pela Democracia” em reunião – Ana Mesquita/Divulgação

O grupo suprapartidário “Direitos Já! Fórum pela Democracia” se reuniu na noite de segunda-feira (4), em São Paulo, para discutir a organização de um novo ato público pela defesa da democracia. O encontro contou com representantes de 13 partidos políticos e integrantes da sociedade civil, e teve como pauta central a mobilização para o evento marcado para 15 de setembro no teatro TUCA, na capital paulista.

A data escolhida marca o Dia Internacional da Democracia e será usada como plataforma para a apresentação de um manifesto em defesa da soberania nacional e do Estado Democrático de Direito. Estão sendo convidados para o ato governadores, senadores e deputados federais.

A reunião ocorreu em um apartamento na cidade de São Paulo e contou com a presença de nomes de partidos como PT, PSDB, PSOL, PDT, PCdoB, PSB, MDB, PSD, Podemos, Cidadania, Avante, Rede e PV. Entre os presentes, estava o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, que já integrou o governo Lula e tem atuado como interlocutor institucional em pautas democráticas.

Durante a conversa, foi definida a defesa da construção de candidaturas conjuntas para o Senado em cada estado, como estratégia para impedir o crescimento da bancada bolsonarista na Casa. O grupo avalia que o avanço da extrema direita no Senado pode criar condições para abertura de processos de impeachment contra ministros do STF.

Senado
Reunião teve como foco o Senado – Divulgação

“Asegurar uma maioria de senadores cuja trajetória de vida se paute pelo compromisso inabalável com o Estado Democrático de Direito é um imperativo histórico frente ao projeto autoritário em curso no Brasil e no mundo”, afirmou Fernando Guimarães, coordenador-geral do Direitos Já. Ele destacou ainda que o campo democrático não deve se dividir em mais de duas candidaturas por estado.

Após o evento de setembro, o grupo pretende realizar uma série de encontros com lideranças partidárias e da sociedade civil para aprofundar a articulação em torno das eleições de 2026. O objetivo é construir uma frente ampla capaz de preservar a democracia institucional no país.

A preocupação dos organizadores é com a crescente articulação bolsonarista no Congresso Nacional, que vem reagindo com obstruções legislativas à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada pelo STF. A avaliação é de que o Senado se tornou um ponto estratégico para os setores mais conservadores.

O ato no TUCA será, segundo os organizadores, o ponto de partida de uma nova fase do grupo, voltada para mobilização nacional e construção de uma aliança ampla capaz de barrar retrocessos e assegurar compromissos com a Constituição de 1988.

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